‘Sem roupas e com sinais de violência sexual’, diz amiga sobre corpo de corretora
Marileide Santos Silva, 49 anos, foi achada morta na última quinta-feira (21)
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Wendel de Novais
wendel.novais@redebahia.com.br
A corretora Marileide Santos Silva, 49 anos, encontrada morta na tarde de quinta-feira (21), enrolada em um tapete, em casa, no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, tinha sinais de violência sexual. A informação é da amiga Patruska Barreiro, 46, que foi ao local na companhia de policiais para resgatar os animais que viviam com a vítima.
O resultado da perícia, que é feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), ainda não foi divulgado, mas ela conta que o corpo de Marileide estava enrolado no tapete e seu rosto apresentava, segundo policiais, muitas marcas de agressão.
"Ainda não temos a informação oficial, mas ela foi encontrada na casa sem roupas, com sinais de violência sexual e com o rosto desconfigurado. Então, é possível que ela tenha sofrido golpes nessa região da cabeça", explica Patruska, que acrescentou que o corpo já estava em estado de decomposição. Encontrada só na quinta-feira (21), Marileide estava sumida desde a última segunda-feira (18).
Além de amiga, Patruska, é presidente do Instituto Patruska, que atua de forma voluntária para proteção animal. De acordo com ela, Marileide atuava na proteção e no resgate de animais há pelo menos 10 anos. Na casa dela, inclusive, havia cerca de 50 animais que eram mantidos ali sob os cuidados da corretora. Destes, sete foram encontrados mortos por conta dos dias que ficaram sem comer e sem assistência, já que a tutora tinha sido morta.
"O último contato que tivemos com ela foi na segunda-feira, quando ela mandou algumas fotos e vídeos para uma colega que também atua na proteção animal. Depois disso, a gente até tentou, mas ninguém conseguiu falar com ela. Encontraram o corpo na quinta-feira, mas achamos que ela morreu bem antes. Os vizinhos chamaram a polícia por conta do odor que estava muito forte e os animais debilitados porque pareciam não comer há dias", falou.
O caso será investigado pela 23ª Delegacia de Lauro de Freitas. Segundo amigos, Marileide vivia na casa apenas com um caseiro, que foi encontrado ao lado do corpo com sinais de envenenamento. Ele não morreu, mas foi internado no Hospital Menandro de Faria. Não há atualizações sobre o estado de saúde dele.
Na casa de Marileide, não havia sinais de arrombamento, e os itens de valor do local não foram furtados. Em depoimento, os vizinhos disseram que não ouviram nenhum barulho e só perceberam por conta do mau cheiro.
Ao todo, na casa de Marileide, foram encontrados sete cães, 31 gatos e sete animais mortos, sendo seis gatos e um cachorro. De acordo com Patruska, três cães de raça foram levados do local antes da chegada da polícia. Os gatos foram resgatados, mas os sete cães ainda estão na residência. Todos estão disponíveis para adoção a quem interessar. Basta entrar em contato pelo Instagram com o @institutopatruska e a ONG @remcabahia.