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Recém-nascida aguarda regulação estadual há mais de vinte dias


 

Com 35 dias de vida, a bebê nasceu com cardiopatia congênita e necessita de cirurgia cardíaca

  • Yasmin Oliveira

Salvador
Publicado em 18/11/2023 às 07:30:00
Laylla Victória tem 35 dias de vida e nasceu com cardiopatia congênita. Crédito: Reprodução/Redes sociais

Internada na Maternidade Camaçari desde o nascimento, Laylla Victória dos Santos Souza, aguarda regulação estadual para um hospital da capital baiana. A bebê nasceu no dia 13 de outubro e foi diagnosticada com cardiopatia congênita aos onze dias de vida.

Os pais da recém-nascida, Adilson Souza e Deise dos Santos, anseiam pelo momento em que a filha irá ser transferida. Há 24 dias, os médicos da maternidade informaram aos pais que Laylla Victória seu diagnóstico e que ela estaria na fila de regulação para ser encaminhada para um hospital de Salvador. Assim a recém-nascida poderá passar por avaliação e acompanhamento com cardiologista e posteriormente uma cirurgia.

“A criança já nasce com a mal formação do coração, durante o período embrionário na fase que o coração se desenvolve, por algum motivo esse coração nasce com anomalia. Existem alguns tipos de cardiopatia congênita, em geral, essa malformação ela leva mais um defeito estrutural, mas pode também levar um problema funcional”, explica o cardiologista Marcelo Vieira.

Nesta quinta-feira (16), a irmã de Adilson ouviu que médicos da maternidade estariam aliviando o sofrimento da bebê com medicações. Segundo o cardiologista, um dos riscos que acarreta o uso de medicamentos que tenta melhorar a contratação cardíaca, é a falência no coração, onde a paciente pode precisar até mesmo de aparelhos para substituir a função do órgão. Além disso, o suporte de oxigênio também se faz necessário. Por um dos maiores riscos desta doença ser a morte, a criança é candidata a cirurgia cardíaca de correção do defeito no coração.

“Para mim está sendo um momento muito difícil porque minha princesinha mal nasceu e está sofrendo tanto e lutando por sua vida, só de ver o quanto minha esposa está sofrendo desesperada porque tem outras crianças vindo a óbito na maternidade, hoje mesmo morreu um bebê. Estou de mãos atadas sem perder fazer nada, de coração partido”, relata Adilson Souza.

Com a esposa de 16 anos acompanhando a filha na maternidade, Adilson conta que está revezando com a mãe e a irmã para dar auxílio a Deise que está totalmente abalada com a situação e não pode ficar sozinha no leito com Laylla Victória.

Movido pelo medo de perder a filha, Adilson busca ajuda para conseguir a regulação. Nesta tarde desta sexta-feira (17), seguindo orientação, ele foi na Defensoria para tentar conseguir uma liminar que liberasse a regulação da filha, mas ainda não foi contatado com o retorno.

A Defensoria Pública do Estado da Bahia foi procurada, mas não deu retorno. Enquanto a Secretaria de Saúde do Estado afirma que não há solicitação em nome da paciente no sistema da Central Estadual de Regulação.

*Orientado pela subeditora Monique Lôbo