Professores da Ufba decidem pelo fim da greve
Votação aconteceu na tarde desta quarta (26)
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Da Redação
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Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram pelo fim da greve, no fim da tarde desta quarta-feira (26). A categoria se reuniu em assembleia para votar se continuaria com a mobilização e terminou com apenas um voto contrário e duas abstenções.
A data de retorno às aulas ainda será definida.
A categoria iniciou a greve em 29 de abril e, desde então, fez sucessivas votações sobre o retorno das aulas. As principais reivindicações são: reajuste salarial 2024, reestruturação das carreiras do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
Na última reunião da assembleia, em 18 de junho, o Diretório Central dos Estudantes da Ufba (DCE) já havia se posicionado a favor do encerramento da greve para que a universidade voltasse a ser utilizada pelos estudantes.
Fim em todo país
Os professores de universidades e de institutos federais de educação e governo federal chegaram a um acordo, encerrando a greve iniciada há cerca de 60 dias. O termo de acordo foi fechado no domingo (23) e será assinado nesta quarta-feira (26). Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da greve se iniciou na segunda-feira (24), devendo se consolidar plenamente até 3 de julho.
Em comunicado, a entidade diz que, apesar de as propostas apresentadas pelo governo não atenderem “adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas”, o movimento será encerrado. No entanto, acrescenta, os termos “refletem avanços que só foram possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura aponta para os limites desse processo negocial”.
O Andes ainda disse que a greve “alcançou seu limite e que estamos no momento de seguir a luta por outras frentes”, acrescentou.
A proposta apresentada pelo governo - acatada pelo Comando Nacional de Greve - foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias. Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.