Professor de tênis investigado por abuso de filha de 3 anos se pronuncia pela primeira vez
Paulinho Souza negou todas as acusações da mãe
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Da Redação
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O professor de tênis Paulo Roberto Santos de Souza Filho, mais conhecido como Paulinho Souza, dono da Academia PS Tênis Executivo, no Caminho das Árvores, em Salvador, se pronunciou pela primeira vez sobre as denúncias de abuso sexual contra a sua filha de 3 anos. Em uma carta aberta, divulgada na noite desta segunda-feira (22), o pai negou todas as acusações da fonoaudióloga Tamires de Sousa Reis. O Ministério Público (MP-BA) decidiu desarquivar o caso durante a tarde.
Na carta, Paulo afirmou que mantinha uma relação amistosa com Tamires mesmo após o fim do relacionamento de 10 anos que tiveram, mas as coisas teriam mudando quando assumiu uma nova relação. "Tudo mudou quando eu assumi publicamente um relacionamento com minha atual esposa e disse a ela que queria ter mais tempo com minha filha. A partir dessa data minha vida virou um inferno", disse o professor.
"No dia que comuniquei a ela que queria passar mais tempo com minha filha ela foi na delegacia e registrou uma queixa absurda de abuso sexual de minha filha, solicitou medidas protetivas para ela e minha filha", completou.
Paulo ressaltou o fato de que o caso foi arquivado pelo Ministério Público. "A medida protetiva de minha filha foi negada e arquivada, por que ficou provado que não havia nenhum indício da acusação. No inquérito policial foram ouvidas as testemunhas, entre ela a babá e a escola, que afastaram qualquer possibilidade de ter ocorrido qualquer tipo de violência contra minha filha", argumentou.
Veja a carta na íntegra:
Relembre o caso
O dono de uma academia de tênis em Salvador está sendo acusado de abusar sexualmente da própria filha, de 3 anos. As acusações foram feitas por Tamires, mãe da criança, pelas redes sociais no último domingo (21). Segundo ela, após a separação do casal, a filha começou a chegar da casa do pai com marcas de agressão no corpo e vermelhidão nas partes íntimas.
A criança tinha 1 ano e 6 meses quando os pais se separaram e começou a viver com os dois, em casas separadas. "Em julho de 2022, ele devolveu minha filha e ela chorava muito. Tentei trocar ela, mas fez barreira de travesseiros, dobrou as pernas e cobriu o rosto. Não deixava eu tirar a fralda de jeito nenhum. Vi que as regiões íntimas estavam avermelhadas. Não conseguia fazer a higienização correta por causa desse trauma de quando ela estava na casa do pai", narrou.
A mãe conta que fez a denúncia publicamente após o Ministério Público da Bahia arquivar o caso no início do mês por "falta de provas concretas" e designar guarda compartilhada.
À reportagem do CORREIO, Tamires informou que na última semana, Paulo manteve contato com a filha, conforme decisão judicial, e a criança segue apresentando sinais de estresse, automutilação e agressão depois do encontro com o pai. A publicação com a denúncia conta com 255 mil visualizações e mais de 10 mil encaminhamentos. Já o perfil da academia está fechado para não seguidores.
O Ministério Público da Bahia reconsiderou o arquivamento e determinou a reabertura das investigações. A decisão foi anunciada após denúncias de Tamires nas redes sociais.