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Policial acusado de matar jovem em posto de gasolina na Bahia é demitido da PM


 

Crime aconteceu em janeiro desse ano

  • Carol Neves

Publicado em 19/11/2024 às 14:30:45
João Wagner Madureira. Crédito: Reprodução

O policial militar acusado de atirar e matar uma jovem em Ilhéus, no Sul da Bahia, em janeiro desse ano, foi demitido da corporação, confirmou nesta terça-feira (19) a Polícia Militar da Bahia (PM-BA). A decisão pela demissão de João Wagner Madureira foi publicada em um Boletim Geral Ostensivo. Acusado de homicídio, ele está preso desde janeiro. 

A decisão foi tomada depois da conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apuração dos fatos. O PM era lotado na 69ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). 

Em nota, a PM afirma que trata com "extrema seriedade" ocorrências envolvendo membros da instituição. Todas as situações são "rigorosamente apuradas" e todas providências cabíveis são adotadas, seguindo a lei. "A instituição reafirma seu compromisso com a ética, a disciplina e a responsabilidade no exercício de suas atividades".

Relembre

O crime ocorreu na madrugada de 11 de janeiro deste ano, e câmeras de segurança registraram o momento. O PM estava fora de serviço quando chegou ao local e foi confrontar Fernanda Santos Pereira, de 23 anos. A jovem foi morta com um tiro na cabeça. 

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o momento em que a jovem é intimidada pelo homem, que carregava a arma de fogo na mão direita. Os dois discutiram, o PM empurrou a jovem e depois atirou na cabeça dela. Fernanda foi levada ao Hospital Costa do Cacau, mas morreu no local. 

O PM alegou que o disparo havia sido acidental e a defesa dele chegou a dizer que ele não conhecia a vítima e que Fernanda estava "descontrolada" no momento do crime. Já a versão da polícia é que João Wagner foi ao posto recuperar uma chave do apartamento da tia, que Fernanda teria pego porque suspeitava que essa mulher teria lhe roubado uma caixa de som. 

“Que a justiça de Deus venha cessar essa violência. Que nós mulheres venhamos a nos unir para guardar umas às outras, porque tem várias sofrendo esses ataques. Ele destruiu a vida dela. ela era uma boa menina, tinha o sonho de cuidar de mim e me dar uma casa” disse a mãe de Fernanda em entrevista para a TV Bahia na época do crime.