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Polícia Civil e DPT suspendem operações policiais na Bahia

Atividades permanecerão suspensas até 12 de agosto

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2024 às 11:40

Paralisação foi aprovada em assembleia
Paralisação foi aprovada em assembleia Crédito: Reprodução/Sindpoc

As operações policiais estão suspensas em toda a Bahia até o próximo dia 12 de agosto. A interrupção das atividades foi aprovada em assembleia realizada por equipes da Polícia Civil (PC) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT) na última sexta-feira (19) e afeta as atividades de investigadores, escrivães, peritos técnicos, criminais, odonto-legais, médicos legistas, e delegados em todo o estado.

A categoria afirma que o Governo do Estado está agindo de forma lenta nas negociações da reestruturação salarial dos servidores. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), os policiais recebem o 26º pior salário do país e o valor estaria defasado há cerca de 10 anos.

"O nosso atual salário não é condizente com a importância da nossa categoria e com a atividade de risco que exercemos todos os dias. Saímos de casa para trabalhar e não sabemos se iremos retornar", afirmou Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc.

A assembleia foi realizada pelo movimento "Unidos pela Valorização dos Policiais Civis" que também conta com o Sindicato dos Delegados de Polícia (Adpeb), Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac).

"Não adianta o Governo dar viaturas novas, uma Ferrari para o policial trabalhar se depois ele vai para casa de ônibus. Conheço um escrivão que ganha R$ 1.300.00 líquido. Como é que o Estado quer que o servidor fique motivado para combater o crime organizado com esse salário?", disse Jorge Figueiredo, presidente do Sindicato dos Delegados (Adpeb).

O DPT e a PC foram procurados. Em resposta, o DPT afirma que a paralisação não compromete diretamente o atendimento realizado pelo órgão. Já a PC informou que aguarda comunicação oficial do sindicato para se manifestar.