Polícia Civil aguarda laudo de novas perícias sobre a morte de funcionário terceirizado da Embasa
Ação ocorreu durante uma abordagem policial em julho deste ano
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Tharsila Prates
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A Polícia Civil solicitou novas perícias e aguarda o resultado dos laudos no caso da morte do funcionário terceirizado da Embasa Welson Figueiredo Macedo, de 28 anos, durante uma ação da Polícia Militar no bairro de Castelo Branco, em Salvador. O crime ocorreu em julho deste ano, quando o jovem trafegava em uma moto e foi baleado após uma abordagem.
Welson estava desarmado. Imagens de câmeras de segurança divulgadas na semana passada pela TV Bahia mostram a vítima trafegando em uma moto, desacelerando ao perceber a presença de policiais lotados na 47ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Pau da Lima) e sendo atingido com um tiro nas costas. O caso aconteceu às 19h50 do dia 9 de julho.
Às 19h52, um dos policiais levanta a moto e a coloca no canto da pista. Em seguida, eles mudam a posição de Welson e levantam a camisa dele. Oito minutos depois, uma segunda viatura da 47ª CIPM, que não esteve na ação inicial, chega ao local. Às 19h59, Welson é colocado no carro da segunda equipe. Ele foi levado para o Hospital Eládio Lasserre, onde morreu.
Os vídeos contrastam a versão divulgada pela Polícia Militar, na ocasião, de que Welson morreu durante uma troca de tiros. Na nota divulgada pela corporação, agentes da 47ª CIPM faziam rondas na região e verificaram três homens praticando roubos em motocicletas. Ainda segundo a polícia, houve troca de tiros com os suspeitos e um deles foi atingido, sendo encontrado com ele um revólver calibre 38 e ainda munições do mesmo calibre.
Welson era funcionário da empresa Bel Cabula, terceirizada da Embasa, e retornava para a sua residência, em Fazenda Grande 2, após deixar um colega que morava na região, como fazia todos os dias, segundo contou a família. No percurso, ele cruzou com os policiais. Welson era casado e tinha dois filhos.
A PM já havia informado, em nota, que a apuração do caso está sob responsabilidade da Polícia Civil e que uma sindicância foi instaurada pela Corregedoria para apurar se houve excesso cometido pelos policiais envolvidos no caso.