PM morto por colega de farda estava de lado quando foi atingido, relata irmão
Adailton Teixeira Melo foi morto no bairro de São Rafael no último sábado
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Da Redação
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A família de Adailton Teixeira Melo, policial militar morto por um colega de farda no bairro de São Rafael no último sábado (21), protestou em frente à Corregedoria da corporação na manhã desta segunda-feira (23). O corpo de Adailton foi enterrado no último domingo, no Cemitério Bosque da Paz. O soldado tinha 45 anos e deixa a esposa e dois filhos, uma menina de 6 anos e um jovem, de 19.
Em entrevista à TV Bahia, o irmão de Adailton, Flávio Melo relatou que a família foi recebida pelo corregedor como parte das investigações do crime. Ele também contou que a confusão iniciou por conta do uso do banheiro do estabelecimento. “Brito [acusado] queria entrar e meu irmão também. Eles começaram a se empurrar e Brito sacou a arma para meu irmão que pediu para ele se acalmar e disse que era policial. Com isso, minha cunhada chegou e se identificou como policial. Eles perguntaram se ele era da polícia, mas ele não queria se identificar e falava para eles saírem”, afirmou.
A discussão quase resultou em uma briga entre o trio e uma mulher que havia chegado ao local. Após serem separados, Adailton pagou a conta e saía do local, quando percebeu que estava sem o celular, perdido durante a confusão. Em seguida, ele retornou ao estabelecimento e solicitou as imagens das câmeras para identificar quem pegou o aparelho.
“As pessoas falaram que foi a irmã desse policial que pegou o celular. Meu irmão falou que todos iriam para a delegacia e um rapaz que estava com Brito perguntou se ele tinha coragem de fazer isso. Nisso, Adailton falou em um tom de brincadeira que se o soldado continuasse com a arma em punho, daria voz de prisão”, seguiu.
A briga continuou com agressões verbais entre ambos, que foram separados. Adailton foi para a frente do bar e o suspeito para os fundos. Em seguida, Brito atravessa o bar com a arma em punho e atira contra o colega de farda, que foi atingido na cabeça, no ombro e no braço.
“Meu irmão estava esperando o pessoal entregar as imagens das câmeras. Brito atravessou o restaurante de arma na mão e abriu a porta de saída. Meu irmão estava de lado conversando com a pessoa e um rapaz de blusa verde que estava na frente dele pede para o soldado guardar a arma. Nesse momento, ele começa atirar várias vezes. Meu irmão não atirou e o rapaz se jogou para não ser atingido”, completou.