PM lamenta morte de menino em Portão e diz que armas de agentes serão periciadas
Gabriel Silva, de 10 anos, morreu após ser atingido no pescoço por bala perdida; família acusa PMs
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Wendel de Novais
wendel.novais@redebahia.com.br
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) emitiu nota de pesar após o falecimento de Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, que foi atingido por uma bala perdida no pescoço quando estava na porta de casa no bairro de Portão, em Lauro de Freitas. De acordo com familiares do menino, PMs entraram atirando na Avenida Costa, onde é localizada a casa da família da vítima.
No momento em que Gabriel foi atingido, a corporação explica que guarnições da 52ª CIPM e da Rondesp RMS trocavam tiros com criminosos durante um patrulhamento. Os familiares de Gabriel, no entanto, afirm que não houve confronto no local. Por isso, a PM pôs os agentes a disposição para explicar as circunstâncias em que os tiros foram disparados.
"As guarnições da 52ª CIPM e da Rondesp RMS estão à disposição da Polícia Civil, responsável pela investigação, para serem ouvidas e prestarem os esclarecimentos necessários para a elucidação dos fatos", escreve através de assessoria.
Além do depoimento dos policiais envolvidos no caso, a PM afirmou que o material usado pelos agentes também estará nas mãos dos investigadores."O armamento utilizado na ocorrência também será periciado.A PM ratifica o compromisso com a verdade para o total esclarecimento do ocorrido", completa.
Érica Santana, 25, tia de Gabriel, contesta a informação de que havia suspeitos atirando nos policiais. "Só eles chegaram aqui assim, não tinha ninguém na rua atirando ou fugindo, tanto que acertaram uma criança que não tinha nada a ver com a situação e acabou morrendo", reclama ela, pedindo respostas da PM.
Selma Santana, 51, reforça a fala de Érica e afirma que a família não entende o porquê da ação ter acontecido da maneira que foi. "Até agora a gente está sem entender o porquê deles terem entrado assim. Não tinha ninguém na rua atirando ou fugindo. Só se aconteceu em outro lugar, mas na rua, ninguém viu nada, nenhum suspeito. Então, por que eles chegaram assim", fala.
O Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) investiga a morte.