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Pedro Pondé e Alexandre Leão levam pop e MPB ao Largo da Mariquita


 

Comemorações para o aniversário da capital baiana, que completa 475 anos, seguem até 7 de abril

  • Brenda Viana

Publicado em 18/03/2024 às 05:20:19
Alexandre Leão canta com a filha Patit. Crédito: Marina Silva

Já era por volta das 17h desse domingo (17), quando os soteropolitanos não aguentaram o calor de Salvador e resolveram suar mais ao som de um bom axé no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho. E é só o primeiro fim de semana que vai se prolongar até abril com as comemorações para o aniversário da capital baiana, que completa 475 anos.

Iniciando a comemoração com o projeto Ubaque, o público chegou tímido ao largo boêmio de Salvador. Mas, quando Alexandre Leão subiu ao palco, ninguém conseguiu ficar parado com o repertório harmonioso, só com músicas belíssimas de Maria Bethânia, Caetano Veloso, Mariene de Castro, entre outros baianos respeitados.

Além dele, o eterno vocalista da banda Scambo, o cantor Pedro Pondé, levou ao palco o pop brasileiro. Ele convidou Tiri de Castro, revelação na música baiana: "Estou alegre demais com essa oportunidade, e é a primeira vez que eu faço um show colaborativo com meu camarada Tiri. Isso é importante para a carreira".

O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, expressou sua alegria ao ver que a cidade está respirando turismo e economia, principalmente após um Carnaval que gerou renda para boa parte da população baiana.

"A gente está muito feliz, é um momento importante da cidade, a gente conseguiu transformar o mês de março, que era um mês que praticamente nada acontecia na cidade, em um dos meses mais vibrantes do ano. Com esse festival, a gente sabe da importância que ele tem para a economia criativa da cidade. Nós temos uma cidade que impulsa a arte, cultura, nossa música, nossa gastronomia. Então, esse festival tem muito isso, de ativar essa cultura, essa economia criativa da cidade. Isso gera emprego, gera renda. A gente sabe que tem grande parte significativa da atividade econômica. E depende desse tipo de atividade, a gente ao mesmo tempo, dá oportunidade para a nova geração de artistas também, em todas as áreas", disse Isaac.

Os torcedores do Vitória, Atila Lopes, 35, engenheiro civil, e Kalil Lima, 37, empresário, saíram de Canabrava, do Barradão após o 4 a 1 do rubro-negro para curtir o show no Rio Vermelho. Eles afirmam que estavam procurando um lugar para comemorar o triunfo do time.

Torcedores saem do Barradão direto para o Rio Vermelho. Crédito: Brenda Viana

"Na verdade, para a gente foi uma surpresa, porque a gente saiu do Barradão, sem destino, viemos para o Rio Vermelho, como de praxe, e encontramos esse show aqui maravilhoso. Só tenho a agradecer ao Salvador por nos proporcionar isso. Estamos aí no ritmo de festa, o carnaval já acabou, mas ainda é verão", disse Atila.

Monica Nascimento, 53, bailarina, é uma grande fã do cantor Alexandre Leão, e bateu o ponto no Rio Vermelho para finalizar o domingo com o ídolo cantando os maiores clássicos da música popular brasileira. Para ela, estar em um evento de graça para a população é poder aproveitar o que há de melhor em Salvador sem precisar pagar muito.

"É um presente, gratuito, né? Alexandre faz show em lugares fechados, e eu vou também, mas eu sei com a dificuldade de acompanhar esses artistas. E para eles também, é um presente realmente, está recebendo essa dádiva, cultura e arte dessa forma, de graça. Eu valorizo a arte da Bahia".

Monica Nascimento é bailarina. Crédito: Brenda Viana