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Necropsia de menina que morreu em carro em Alagoinhas deve ser entregue em um mês


 

O corpo foi enterrado na tarde da última quinta-feira (7), em Alagoinhas

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 08/03/2024 às 22:47:48
O corpo foi enterrado na tarde da última quinta-feira (7), em Alagoinhas. Crédito: Reprodução

O resultado da necropsia do corpo de Izzi Gil de Oliveira, 4 anos, deve ser entregue em até um mês. A menina morreu na última quarta-feira (6), após ser esquecida no carro pelo pai na cidade de Alagoinhas, no interior do estado. O corpo da menina foi enterrado na tarde de quinta-feira (7) no Osab Memorial Parque, localizado no município.

Izzi teria saído de casa às 13h para ir a escola. No caminho, a criança teria dormido e o pai esquecido que ela estava no carro. Ele só teria lembrado que a menina estava no carro após a mãe, preocupada com a criança que estava apresentando sintomas gripais, ligar na escola por volta das 15h e ser informada que a menina não teria chegado ao colégio. Quando questionado pela mãe, o pai teria lembrado de que não passou na escola e correu ao carro, mas encontrou a menina sem sinais vitais.

O pai de Izzi chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, quando a equipe chegou no local, a criança já estava morta. “Infelizmente não havia mais nada a ser feito. Quando chegamos no local, eu pude constatar que ela demonstrava sinais como a rigidez da mandíbula, indicando que havia duas ou três horas da morte”, afirmou o socorrista que atendeu o caso, Abrãao Mendes, em entrevista à TV Bahia.

De acordo com Abrãao, é difícil estimar o tempo que uma pessoa poderia suportar dentro de um carro. "Naquele ambiente seriam talvez 20 ou 30 minutos até perder a consciência e menos de uma hora para ir a óbito. O clima quente faz com que o ambiente fique com uma temperatura incompatível com a vida e isso fez toda a diferença”, completou.

Em entrevista à TV Bahia, o delegado Rafael Almeida, coodenador da Coorpin de Alagoinhas conta que o responsável não costumava levar a criança a escola.

“Por ter um horário de almoço apertado, ele levava marmitas e nesse dia ele acabou esquecendo e foi almoçar em casa. Nessa ocasião, a mãe pediu para ele aproveitar e deixar a criança na escola. Ele botou na cadeira, só que ele seguiu no automático e foi direto para o trabalho”, afirmou.

Segundo o delegado, o pai se apresentou de forma espontânea a delegacia. A Delegacia Territorial de Alagoinhas investiga o caso como homicídio culposo por negligência. Por ter se apresentado, ele não foi preso em flagrante.

“A gente aguarda o laudo cadavérico para saber se a morte verificada na perícia é compatível com os fatos narrados. E vamos remeter ao judiciário que vai fazer juízo da situação. É uma prerrogativa do juiz conceder o perdão judicial, já que o dano que ele teve para vida dele se reverteu em algo mais grave que uma sentença”, completou.