Museu da Misericórdia é reaberto nesta terça (17); confira os horários de visitação
Evento para convidados realizado na noite desta segunda (16) marcou a nova fase do espaço
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Gilberto Barbosa
gilberto.neto@redebahia.com.br
Após ficar três anos fechado para reformas, o Museu da Misericórdia reabre as portas para o público nesta terça-feira (17). O equipamento ficará aberto entre as terças e sextas, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 16h30. O ingresso custará R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Um evento para convidados celebrou a retomada das atividades na noite desta segunda-feira (16).
"Esse é mais um equipamento cultural que vamos oferecer conteúdo para nós que moramos aqui, mas também aos turistas que vão visitar a nossa cidade. A Rua Chile vive o melhor momento de sua história e com os novos equipamentos que entregamos, quero convidar as pessoas a virem aproveitar o Centro de Salvador", celebrou o prefeito Bruno Reis.
No museu, o público poderá acompanhar a exposição “O Cotidiano Lírico”, do artista plástico Floriano Teixeira (1923-2000), com exibição até o dia 20 de fevereiro. O local também conta com um acervo com 3.874 peças entre mobiliários, antiquários e itens religiosos, além de duas exposições fixas com obras de artistas como Bel Borba, Calasans Neto, Luiza Olivetto e José Joaquim da Rocha.
Requalificação
O museu foi fechado em agosto de 2021 para obras de requalificação e restauro. As intervenções contemplaram a ampliação e construção dos espaços expositivos, um novo auditório para 100 pessoas, a restauração da Igreja da Misericórdia e a instalação de um elevador para pessoas com deficiência.
“Nós conseguimos criar estruturas no museu para receber o público. Eu espero que as pessoas gostem e transformem o museu em uma extensão da sua própria casa. Além do conhecimento e da possibilidade de mostrar coisas fora do nosso cotidiano, o museu é um espaço de lazer”, disse a museóloga do Museu da Misericórdia, Osvaldina Cezar.
O palacete onde funciona o Museu da Misericórdia foi construído no século XVII pelo então governador-geral do Brasil Tomé de Souza. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) a estrutura abrigou o Hospital de Caridade, primeiro hospital da Bahia. O museu foi aberto em 2006 e recebia cerca de 50 mil visitantes por ano até o fechamento.
“A história da medicina e da saúde na Bahia começa nesse prédio onde nós estamos. Durante mais de dois séculos, esse hospital foi considerado o único hospital geral da cidade, porque ele atendia todas as classes sociais, além de pessoas vindas de outros lugares. Era aqui que eles encontravam o atendimento à saúde”, conta a coordenadora do arquivo histórico da Santa Casa, Rosana Souza.
Apesar da obra ter sido finalizada no mês de junho, o espaço passou por ajustes nos meses seguintes para receber os visitantes. Cerca de R$11,3 milhões foram investidos no projeto, coordenado pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop) e com recursos da Prefeitura de Salvador e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), ligado ao Ministério da Justiça.
*Com orientação da subeditora Monique Lôbo