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Mulher que matou sargento do Exército a facadas tem prisão preventiva decretada


 

Kelly Cristina Ferreira Restani foi presa em flagrante após morte de marido e está em estado grave em hospital

  • Wendel de Novais

Publicado em 17/06/2024 às 12:09:42
Crime aconteceu em Amaralina. Crédito: Bruno Wendel/CORREIO

Kelly Cristina Ferreira Restani, 48 anos, que foi presa em flagrante após a morte do seu marido, o oficial do Exército Jonatas Emanuel Restani, teve a prisão preventiva decretada no fim da manhã desta segunda-feira (17). De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a decisão aconteceu na Vara de Audiência de Custódia, onde Kelly não pôde comparecer por estar internada em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). Apesar de ter sido autuada em flagrante, ela foi conduzida por policiais para a unidade de saúde ainda na noite da morte de Jonatas porque, após o crime, tentou tirar a própria vida.

De acordo com informações de vizinhos ouvidos pela reportagem, a suspeita teria esfaqueado o oficial do Exército na cama do quarto do casal. Ele morreu na hora e, depois de Kelly informar o crime em um grupo de WhatsApp do condomínio, a polícia foi acionada por vizinhos e chegou no local, um prédio de Amaralina. Os agentes constataram a morte e prenderam Kelly em flagrante. O corpo de Jonatas será sepultado em Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro, de acordo com a assessoria do Instituto Médico Legal (IML).

A manutenção da prisão de Kelly aconteceu mesmo após a sua defesa apresentar um pedido liberdade provisória. A jurista da Vara de Audiência de Custódia da Comarca de Salvador, no entanto, atendeu o pedido da promotoria. “A crueldade e a violência promovida pela flagranteada contra a vítima - morta a golpes de faca - corroboram com a sua prisão preventiva com a finalidade de garantir a ordem pública”, escreveu a juíza Marcela Moura França.

A juíza deu destaque ao fato da decisão não se basear apenas na prevenção de mais atos criminosos, mas também no acautelamento do meio social e da própria credibilidade da justiça diante da gravidade do crime.