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Mulher morta em Tancredo Neves foi surpreendida com tiro nas costas


 

Paloma Assis, 30 anos, foi enterrada nesta quarta-feira (16)

  • Wendel de Novais

Publicado em 16/08/2023 às 11:37:21
Crime aconteceu na manhã de terça-feira. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A primeira capela do Cemitério Bosque da Paz, em Salvador, ficou lotada na manhã desta quarta-feira (16). No local, amigos e familiares de Paloma Assis São Pedro, 30 anos, morta a tiros em Tancredo Neves, pareciam ainda não acreditar na maneira como ela morreu. Além do choro, gritos de desespero foram ouvidos sempre que alguém se aproximava do caixão de Paloma e a ficha de sua morte caía.

O mais alto deles foi da mãe da vítima, que não estava em condições de dar entrevistas e não foi identificada. Ao lado do caixão, porém, desabafou. "Por que, meu Deus? Por que fizeram isso com minha filha? Eu não vou aguentar, não vou", gritou. Além dela, muitos familiares e amigos não puderam dar entrevistas sobre o caso.

Amigos e familiares afirmam que o homem que saiu do carro e atirou em Paloma deu o primeiro tiro nela pelas costas. E, quando ela já estava no chão, disparou mais quatro vezes. O crime gerou comoção entre as pessoas próximas a ela, que pedem por justiça e que a investigação encontre rápido os responsáveis por sua morte.

No cemitério, além de divesos familiares que apareceram de carro, dois ônibus lotados estacionaram para deixar pessoas que queriam se despedir de Paloma após saberem da forma trágica como ela morreu. Em contato com a imprensa, porém, a maioria optou por não dar entrevistas, relatando ter medo de represálias já que não entenderam o porquê do crime.

Paloma deixou dois filhos: um menino de 5 anos e uma menina de 9 anos. O caçula, inclusive, faz aniversário nesta quarta. Eram eles que Paloma levou para escola antes de retornar pela Rua Direta de Tancredo Neves e ser interceptada por um veículo de onde cinco disparos foram feitos contra ela.

A perícia foi realizada e a investigação da autoria e motivação do crime será conduzida pela 2ª Delegacia de Homicídios/Central. A Polícia Civil da Bahia (PC) foi procurada pela reportagem para informar se o veículo e a placa foram identificados, mas informou que não vai divulgar atualizações do caso.

"Embora a investigação já tenha avançado, no momento, para preservar a apuração do caso, é prudente não divulgar atualizações", escreve em nota a polícia.

Um amigo da família, porém, deu detalhes de imagens que teve acesso e informou à reportagem que o modelo do carro que parou com quem assassinou Paloma era um Onix Branco. Sobre a motivação e autoria, até quem é próximo dela tem muitas dúvidas e não entende o porquê do crime.

"São muitas especulações que estão fazendo, a gente está até suspeitando de que ela tenha sido confundida com uma outra pessoa, alguém que era alvo deles. Só a polícia vai conseguir investigar e confirmar isso", afirma o amigo, sem se identificar.