'Menino simples, humilde e que veio da favela', diz mãe em enterro de Rodrigo Amendoim

Dezenas de pessoas estavam presentes no cemitério Bosque da Paz para enterro do influencer baiano Rodrigo de Souza Silva, conhecido como “Amendoim”, que aconteceu na tarde deste domingo (29), no bairro de Nova Brasília, em Salvador. Familiares, amigos e colegas de profissão se despediram do comediante, que foi encontrado morto em seu apartamento em Lauro de Freitas no último sábado (28).

No cemitério ouvia-se em coro “Mendo” e salva de palmas em homenagem ao jovem que era conhecido por levar alegria e sorrisos aos que conviviam com ele.

Na cerimônia, amigos e familiares estavam bem abalados, lamentavam o ocorrido e comentavam sobre os desabafos recentes feitos por Amendoim sobre sua saúde mental. Além dos parentes, estavam presentes na despedida de Rodrigo Amendoim pessoas de sua equipe, colegas do comediante e outros influencers como Leozito Rocha, Pigmeu, Alesson e Rafaela Moreira.

Alessandra, mãe de criação do influencer, enfatizou que levará consigo não o Amendoim, mas o “Rodrigo” de quem cuidou, acompanhou e criou desde a infância. “Aquele menino simples, humilde e que veio da favela. Que abraçava a todos de coração e que não tinha besteiras. Uma pessoa amorosa, carinhosa, de boa índole, de bom caráter. É isso que a gente quer preservar do Rodrigo ", declarou.

O velório iniciou por volta das 15h, seguindo para o cortejo do corpo às 16h e últimas palavras antes do sepultamento. “Esse é um momento de passagem e agora precisamos deixar Rodrigo descansar” disse uma das vozes próximas ao caixão. Foi rezado um pai nosso e uma salva de palmas encerrou a tarde.

Durante o velório, a mãe de criação do influencer e seu irmão Fábio alegaram que não tem interesse nos bens deixados pelo jovem e que buscam ajuda para o pai de Rodrigo Amendoim. "Nós não queremos nada do Rodrigo. Agora queríamos que pudesse ajudar o pai dele. Tipo, estamos encontrando dificuldade no processo de aposentadoria dele, já demos entrada quatro vezes, recorremos, mas foi negada. Essas coisas a gente gostaria que, se fosse possível, ajudasse. Mas o que ele tinha ou deixou de ter, não."

*Reportagem feita com orientação de Monique Lôbo