Governador volta a descartar intervenção federal na Bahia e fala em 'guerra contra o crime'
Apesar disso, secretário nacional de Segurança Pública chega hoje ao estado
-
Da Redação
redaçao@redebahia.com.br
-
Gil Santos
gilvan.santos@redebahaia.com.br
O governador Jerônimo Rodrigues voltou a negar nesta quarta-feira (27) que a possibilidade de intervenção federal na segurança da Bahia está descartada. “Eu nomeei um secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, que é da Polícia Federal. E um dos objetivos dele é dialogar com a PF. Nem imaginávamos que fosse acontecer o que está acontecendo, de ocupação, tentativa de ocupação, de facções criminosas. Não tenho problema. Na hora que precisar fazer qualquer tipo de parceria, nós faremos“, disse o governador. “Agradeço a preocupação de vocês, se é essa, em ficar repetindo diálogo sobre intervenção. Mas está descartada nesse momento“, acrescentou ele, que falou durante um evento para lançamento de editais de cultura no estado.
Jerônimo diz que mantém diálogos com os ministros Flávio Dino e Rui Costa e o presidente Lula. “Existem outros estados que estão também com dificuldade, inclusive no Nordeste. Estamos em guerra contra o crime, as drogas, o uso de armas que um presidente irresponsável canetou, liberou e soltou“, acrescentou, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Jerônimo, as autoridades apreendem uma média de cinco fuzis por mês na Bahia.
O petista afirmou que o Estado não vai “baixar a guarda“. “Temos tido operações constantemente“, acrescentou. Ele falou dos dias que passou em Brasília em reuniões. “Avaliamos o cenário nacional para entender mais como a Bahia entra nesse circuito de violência. É sim uma investidura das facções criminosas que estão se espalhando, saindo de lugares em que já atuavam e ocupando novos lugares, e o Nordeste tem sido espaço escolhido para isso“, acrescentou. “Planejamos uma ação que está se desdobrando. Hoje à tarde chega o secretário nacional de segurança pública. Amanhã chega o secretário nacional que trabalha com presídios. Vamos fazer avaliação com nossas equipes sobre o que precisamos fazer para continuar contendo qualquer tipo de investimento das facções e ações criminosas“.
Ele acrescentou que outras frentes são importantes e o papel da Cultura é relevante. “Aqui uma ação dentro de uma escola, uma comunidade importante para Salvador, Sussuarana“, disse.