Jean Paul Galinski, criador do Circo do Capão, morre nesta quinta (7)
Conhecido como Paolo, o francês manteve o circo por mais de 25 anos na Chapada Diamantina
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Elis Freire
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Jean Paul Galinski, fundador do Circo do Capão, na Chapada Diamantina, faleceu nesta quinta (7). O francês, conhecido como Paolo, era professor de acrobacia e manteve o circo em pé por mais de 25 anos, ao lado da sua companheira Mary Bastos. Jean Paul Galinski também deu aulas no Circo Picolino, famoso espaço cultural, localizado na orla de Pituaçu, em Salvador.
Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos, lamentou a morte do artista.
"Recebi com imensa tristeza a notícia do falecimento de Paolo, nosso querido Jean Paul Galinski [...] Ele foi uma força essencial para difundir o circo na Bahia. Tinha uma presença única e uma paixão pela arte circense que inspirou muitos, formando gerações de novos artistas”, afirmou com pesar.
“É uma honra para nós, da Fundação Gregório de Mattos, estarmos envolvidos, subsidiando o documentário produzido pelo Circo Picolino, financiado pelo edital SalCine da FGM, por meio da Lei Paulo Gustavo, com recursos da Prefeitura de Salvador e do Ministério da Cultura, Governo Federal. Paolo é um dos homenageados da obra, e, agora, passa a ser uma forma de manter vivo o seu legado ", disse em nota.
“Sua ausência será profundamente sentida, mas, como ele mesmo diria, o espetáculo continua. Descanse em paz, meu amigo”, completou.
Paolo
O fundador, diretor da Escola de Circo do Capão e professor de acrobacia, Jean Paul Galinski, de nacionalidade francesa, optou por uma vida nômade desde os 14 anos de idade.
Viajando pelo interior do seu país e em diversos países pelos quais passou, encontrou no seu caminho, as famílias de circo tradicional, que o acolheram na Bahia e deram início à sua formação na arte circense.
Em uma viagem de férias ao Brasil, Paolo conheceu o projeto social desenvolvido pela Escola Picolino de Artes do Circo de Salvador, onde deu aula por mais de 10 anos. O francês chegou ao Brasil em 1994 e em 1998 resolveu morar na vila do Capão, na Chapada Diamantina, interior da Bahia.