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'Investigações de estupros no Carnaval estão avançando', diz delegada


 

Todas as três vítimas têm menos de 40 anos; duas são de Salvador e a terceira é turista

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 15/02/2024 às 13:30:08

A delegada Bianca Andrade, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas, informou que as investigações dos três casos de estupro ocorridos no período de Carnaval, em Salvador, estão avançando. Segundo ela, todas as vítimas têm menos de 40 anos e duas delas são naturais da capital baiana. 

Ela disse ainda que as imagens das câmeras do circuito que estão sob o controle da Secretaria de Segurança Pública já estão disponíveis para análise, inclusive com o relatório técnico.

Os crimes, de acordo com a delegada, não têm relação entre eles. A identificação dos suspeitos não foi divulgada para não atrapalhar as investigações. "O inquérito policial é sigiloso e os crimes de estupro são extremamente delicados. Por isso, evitamos expor a vítima ou gerar qualquer situação que gere algum gatilho", disse.

Dois estupros ocorreram no circuito Barra-Ondina. O primeiro caso, na quinta-feira (8), foi registrado como estupro coletivo. A vítima e testemunhas já foram ouvidas e imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas. A vítima também fez exames de lesão corporal no Instituto Médico Legal (IML) e passou por atendimento psicossocial. A Deam solicitou imagens de câmeras de prédios próximos ao local do crime.

O segundo crime ocorreu próximo a uma unidade móvel da Polícia Civil, na madrugada do domingo (11). A vítima prestou depoimento, mas não quis fazer exame de corpo de delito. Ela também preferiu ser acompanhada por uma psicóloga da sua confiança. Testemunhas também foram ouvidas e as imagens de segurança também estão sendo analisadas.

"Ela não sabe dizer o local específico onde ocorreu o fato. Ela ainda está muito abalada e não quis realizar nenhum tipo de exame, porque ela diz que ainda sente violada. Isso dificulta a gente porque a guia do exame é uma prova de que o crime ocorreu", afirmou a delegada.

Segundo Bianca, o terceiro crime não aconteceu em um circuito do carnaval, mas foi um desdobramento da festa. A vítima teria saído de um camarote em Ondina acompanhada do suspeito e sido levada até um hotel no Centro Histórico, onde foi violentada. Ela já foi ouvida e foi requisitado um exame toxicológico para saber se ela foi dopada.

O coordenador do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis, Ricardo Amorim, disse que em razão da gravidade desses crimes estão sendo empregados todos os esforços para a resolução.

"A gente está priorizando totalmente essas investigações utilizando todas as ferramentas de inteligência para que a gente consiga ter um resultado satisfatório. Esperamos em breve concluir as investigações e encaminhar para a Justiça o relatório completo", disse.