Idosos são mais de 82% dos mortos por pneumonia na Bahia
Estado contabiliza 22.442 internações pela doença em 2024
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Vitor Rocha
vitor.leandro@redebahia.com.br
Em 2024, a Bahia registrou 2.846 mortes de pessoas acima de 60 anos por pneumonia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O número representa 82,4% dos óbitos por conta da doença no estado, que contabilizou 3.442 ocorrências devido à inflamação pulmonar.
Nesta terça-feira (12), a enfermidade é lembrada por conta do Dia Mundial da Pneumonia, data que busca conscientizar a população sobre a doença. A moléstia consiste em agentes que invadem o corpo e inflamam o pulmão, conforme explicou o pneumologista Álvaro Cruz. “A doença, em geral, provoca tosse e febre. Estes são os sintomas mais característicos. Também pode haver dificuldade para respirar, secreção, corpo mole e dor nas costas”, esclareceu.
De acordo com dados da Sesab coletados até agosto deste ano, a Bahia soma 22.442 internações por pneumonia em 2024. Ao longo de todo o período de 2023, o estado registrou 35.464 ocorrências, indicando que, até o momento, cerca 37% a menos de baianos foram acometidos pela doença. Entre os internados, as crianças de 1 a 4 anos e idosos acima de 80 anos são os mais afetados, com 3.856 e 4.532 casos, respectivamente.
Apesar do certo equilíbrio nas internações, 1.777 pessoas acima de 80 anos foram mortas por pneumonia, cerca de 40% em relação ao número de internados. Já os pequenos tiveram 40 baixas, aproximadamente 1%.
A pneumologista Larissa Voss explica que, apesar das crianças estarem em formação e serem mais frágeis, o sistema imunológico está em desenvolvimento, ao contrário dos idosos. “O mais idoso tem uma coisa chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imunológico, fazendo com que ele não esteja preparado para lidar com este tipo de doença. Além disso, é comum os mais idosos terem outras comorbidades que prejudiquem o organismo e facilitem o agravamento do quadro de pneumonia”, declarou.