Homem invade casa e faz família refém na Engomadeira; mulher é baleada
Bebê de 1 ano saiu sem ferimentos, levado pelo pai
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Da Redação
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Um homem invadiu uma casa e fez uma família refém nesta segunda-feira (5), no bairro de Engomadeira. Uma jovem de 19 anos foi baleada e o filho dela, um bebê de 1 ano e 3 meses, foi resgatado sem ferimentos do local. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi responsável pela negociação.
O suspeito foi identificado como Gilvan Dias Damasceno Santos, mais conhecido como Carrasco. Ele invadiu a casa por volta das 5h, fazendo mãe e filho reféns, no momento em que fugia da Polícia Militar. A polícia confirma que ele tentou escapar dos agentes, mas não informa qual o contexto da perseguição.
"Em dado momento ele fez o disparo, segundo o interventor do Bope, contra Raíssa, e aí ela foi socorrida. [O Bope] teve que fazer intervenção, e ele foi baleado", disse o comandante Luciano Jorge, da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Tancredo Neves).
Raíssa levou um tiro no rosto e foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Geral Roberto Santos. Segundo vizinhos, o estado dela é gravíssimo. A jovem estaria com o "rosto desfigurado" e passou por cirurgia assim que deu entrada no hospital. Momentos depois, o suspeito também foi levado para a mesma unidade. "É protocolo, em caso de refém alvejado pelo causador do evento crítico, sofrer intervenção". Informações iniciais davam conta de que Gilvan não resistiu, mas a polícia não confirma a morte.
"O mais importante era liberação do refém. Nossa prioridade era o bebê de 1 ano e 3 meses. Ele foi encaminhado para o Samu, para receber os primeiros atendimentos. Infelizmente o criminoso se mostrou insensível à negociação a ponto de fazer o disparo. A casa vai ter perícia e todo esse desfecho vai aparecer nas investigações", acrescentou, dizendo que o suspeito tinha uma pistola e várias munições.
Gilvan tem extensa ficha criminal, com passagens por homicídios e tráfico, e é fugitivo do sistema prisional, segundo o comandante. "As informações que chegam são que ele na saidinha não retornou", diz.
A advogada do criminoso, que segundo vizinhos é nascido e criado no bairro, Desirée Ressutti, afirmou que foi até o local chamada por familiares de Gilvan, e que ele tinha intenção de se entregar. "Quando eu cheguei, o comandante não me deixou entrar. O pai da criança me entregou uma mamadeira pedindo para entregar, mas o comandante não deixou", disse. Ela ainda afirmou que a Polícia Militar chegou a atirar uma bomba de gás na direção de suas pernas.
Em nota, a PM diz que os policiais conduziram a negociação, mas o suspeito estava intolerante e acabou atirando, o que motivou o disparo do Bope contra ele. "Os policiais apreenderam uma pistola e carregadores, que serão apresentados no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O bebê, que saiu ileso, foi entregue ao pai. Ambos foram acompanhados por uma equipe do Samu", diz o texto.