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Homem encontrado em lata de lixo no Barbalho foi contido por suspeitos antes de ser esfaqueado


 

Criminosos usaram lata para facilitar o abandono do corpo

  • Wendel de Novais

Publicado em 16/10/2024 às 09:30:15
Polícias técnica e militar estiveram no local onde corpo foi encontrado no Barbalho. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O jovem identificado como Renan dos Santos Bonfim, de 20 anos, que foi encontrado com marcas de esfaqueamento em uma lata de lixo no Barbalho na manhã desta quarta-feira (16), foi contido por mais de um suspeito antes de ser morto. Morador da região, ele sofreu diversos golpes de arma branca e estava com as pernas amarradas quando foi localizado por pessoas que acionaram a Polícia Militar.

O início das investigações aponta que, antes de ser colocado na lata de lixo, ele teria sido alvo da ação criminosa de ao menos dois indivíduos, como explica Edson Oliveira, perito criminal da Polícia Civil. "Pelo porte do rapaz, que tem uma altura de mais de 1,70m, uma pessoa só não ia produzir aquela quantidade de lesões sem que não tivesse outra pessoa para contê-lo e produzir esse resultado. Há hipótese de que ele tenha sido surpreendido", relata o perito da Polícia Civil.

A análise parte da constatação de que Renan tinha diversas marcas de golpe de faca pelo corpo, sendo algumas profundas na região da coxa, por exemplo. De início, a polícia não acredita que ele tenha sido morto no local onde o corpo foi encontrado, na Rua São José de Baixo, ao lado da Ladeira da Água Brusca e em frente ao Instituto dos Cegos da Bahia. O perito Edson Oliveira explica a razão.

"Ele estava dentro de um container, um container de cor marrom aqui ao lado do outro container de resíduos de construção. A vítima foi trazida e deixada nesse local. A produção do crime não foi aqui, já que, pela quantidade de lesões que ele tinha no corpo, era de se esperar que tivesse uma abundância de sangue aqui no local e não tem", fala.

O crime vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Familiares de Renan estiveram no local para reconhecer o corpo, mas não gravaram entrevista com a reportagem.