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Guerra no Alto das Pombas: sobe para 10 o número de mortos em confrontos com a PM


 

Secretário deu entrevista falando sobre ações policiais

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 05/09/2023 às 13:16:05
Com medo, famílias estão fugindo do Alto das Pombas. Crédito: Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Mais três suspeitos foram mortos em confrontos com a Polícia Militar no Alto das Pombas, em Salvador, por volta das 12h desta terça-feira (5). Somados aos sete de ontem, subiu para 10 o número de mortes durante as operações realizadas no local.

O secretário da Segurança Pública Marcelo Werner afirmou que as facções criminosas não vão causar terror à população da Bahia. Em coletiva para falar dos episódios de violência no bairro, o secretário disse que a polícia baiana está "fazendo frente" e melhorando a questão da segurança no estado.

"As facções não podem se sobrepor às forças de segurança e não causarão esse terror e nem vão implantar a política de medo que querem fazer por aqui", disse.

Werner negou também que a Bahia terá uma intervenção federal na área da segurança. "Negativamente, de forma alguma. A gente mostra pelas ações de inteligência e investimentos que há um avanço na melhora da segurança pública do estado", afirmou.

Ele destacou o reforço do policiamento nas regiões. "Essa operação vem sendo idealizada após a notícia que circulou onde uma facção fazia demonstração de poder bélico para, além de afrontar as forças de segurança, levar terror e medo para a população", disse.

Werner afirmou que a situação de facções grandes nacionais chegando ao estado não é algo que tem acontecido somente na Bahia. "Vêm se associando cada vez mais com facções locais. Isso não é uma exclusividade da Bahia, diversos estados do Norte, Nordeste, Sul e Sudoeste vivem essa realidade. Associações das grandes facções não só para fornecimento de armas, mas de drogas também. Dentro dessas alianças, as principais facções de nosso país acabam transmitindo o modus operando para outras facções locais", disse.

Ontem, a polícia apreendeu seis fuzis 556, oito pistolas e três granadas. Sete suspeitos foram mortos em troca de tiros com a Polícia Militar. Oito foram presos acusados de manter pessoas em cárcere privado. "Com os fuzis de ontem, chegamos a 44 armas desse modelo apreendidas desde o início do ano. É o dobro em relação ao que foi feito no ano anterior", disse o secretário.