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Gestão Moema suspende férias e licenças de servidores de saúde de Lauro de Freitas


 

A decisão foi divulgada em portaria publicada na última segunda (2)

  • Gilberto Barbosa

Publicado em 03/12/2024 às 20:59:01
UPA de Itinga. Crédito: Lucas Lins/Prefeitura de Lauro de Freitas

Os servidores de saúde de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, tiveram suas férias e licenças suspensas pela gestão da prefeita Moema Gramacho (PT). A decisão foi publicada em portaria publicada no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira (2) e assinada pelo secretário da pasta, Ricardo Santos Silva.

No documento, a prefeitura afirma que a suspensão ocorre devido à “necessidade de assegurar a continuidade dos serviços essenciais à população (...) e em atendimento ao interesse público”. A gestão também afirma que as férias poderão ser reprogramadas para um “momento oportuno”. O mandato de Moema Gramacho encerra no dia 31 de dezembro deste ano.

A decisão não afeta, segundo a portaria, os casos de afastamento por licença médica ou “previstas em lei como essenciais para a preservação da saúde”. A prefeitura de Lauro de Freitas foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu até a publicação deste matéria.

Prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Crédito: Divulgação

A suspensão das férias e licenças é mais um caso envolvendo a gestão laurofreitense e os servidores da saúde. O setor passou a sofrer com a precarização em atendimentos e na oferta de serviços após a derrota do grupo liderado por Moema Gramacho nas eleições deste ano. Pelo menos, duas Unidades de Saúde da Família (USFs) e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram fechadas no mês de novembro.

“Desde o final das eleições, começaram a acontecer várias coisas no município. Funcionários que foram demitidos, cortes de salários que não foram explicados, mas realmente o fundo do poço da saúde foi agora em novembro. Houve demissões de enfermeiros, médicos, funcionários de limpeza e segurança. Quem está fazendo a segurança agora é a Guarda Municipal, não é mais um segurança que era contratado via terceirização”, relatou à reportagem um médico da UPA de Itinga, que não quis se identificar.

*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva