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Fiéis relembram impacto da obra de Santa Dulce


 

A capela do Santuário de Santa Dulce dos Pobres ficou lotada para as homenagens aos 32 anos de falecimento da santa

  • Gilberto Barbosa

Publicado em 14/03/2024 às 08:30:00
Santa Dulce. Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Irmã Dulce deixou um legado de muita fé e dedicação aos mais necessitados. Entre os que a conheceram é destacado a entrega dela a religião. Tamanha dedicação se converteu em adoração dos seus devotos. Cerca de 1500 pessoas passam diariamente pelo Santuário de Santa Dulce dos Pobres para agradecer pelas graças conquistadas.

Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) acompanhava a tia na infância. Após se formar na faculdade de jornalismo, ela se dedicou a ajudar a Osid através de reportagens em revistas e jornais do Rio de Janeiro até ser convidada para o conselho de administração das obras. Após a morte de Dulce, ela assumiu a responsabilidade de seguir com o seu legado.

“Mesmo com a voz humilde e delicadeza, ela era muito firme nas suas decisões. Ela tem uma relação muito forte com os devotos. Pessoas do Brasil e de várias partes do mundo vem até aqui fazer suas orações e agradecer pelas bençãos e milagres”, contou.

Rita Bonfim. Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Uma das devotas é a aposentada Rita Bonfim, 60 anos. Ela é voluntária da Osid e esteve uma vez com Irmã Dulce. A emoção foi grande que ela não conseguiu falar com a freira. “Eu não sabia como ela conseguia segurar o hábito, de onde vinha tanta coragem e tanta força. Eu só conseguia chorar e ela ficou me acalmando”, lembrou.

A sua relação com a santa ficou mais forte após cuidar de uma idosa que não era da família. Ela teve uma anemia profunda e ficou internada no Hospital Santo Antônio. Ela não resistiu a doença e faleceu em abril de 1992. “Eu pedi ainda no hospital que quando meus pais ficassem idosos, eu pudesse me aposentar e cuidar deles. Eu consegui a aposentadoria com 52 anos e estou cuidados dos dois há mais de sete anos”, finalizou

A dona de casa Vera Lúcia Silva, 70 conheceu Santa Dulce enquanto passava pela região do Largo de Roma. Ela a seguiu por muitos anos e recorreu a ela para ajudar o seu filho a conseguir um emprego.

“Eu só tenho o que agradecer a ela. Meu filho tinha acabado de completar o curso de eletromecânica e foi para o Rio de Janeiro em busca de trabalho. Eu fui ali no túmulo, me ajoelhei e pedi que ela me ajudasse porque eu não estava aguentando. Eu fiquei rezando e ela me ajudou e conseguiu um trabalho para ele”, disse.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela