Família de Sara Mariano fez pedido para filha da cantora ir ao velório da mãe, mas foi negado
Advogada da família materna diz que avós paternos não permitem contato
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Millena Marques
milena.marques@redebahia.com.br
Os familiares da cantora gospel Sara Mariano pediram que a filha da pastora, de 11 anos, participasse do velório da mãe, no último dia 30. No entanto, o pedido teria sido negado pela família de Ederlan Mariano, marido da vítima e principal suspeito do crime.
De acordo com a advogada Sarah Barros, representante da família materna, o pastor de uma igreja frequentada por ambas as famílias teria tentado fazer a intermediação no dia do enterro da cantora. "Nós não tivemos retorno da família, tentamos até por volta das 15h", afirma a advogada.
Na última sexta-feira (3), a defesa da família de Sara Mariano teria tentado viabilizar o encontro por meio de contato com o advogado da família paterna, mas não obteve sucesso. "Infelizmente, a família paterna não permitiu. Por isso, não restou outra alternativa a não judicializar a situação, para que todas as medidas adequadas sejam tomadas", pontua.
"A maior preocupação da família materna é o bem-estar dessa criança. O que essa menina presenciou na casa dos pais? Qual é o real motivo da família paterna não permitir que membros da família materna tenha acesso a essa criança?", questiona Sarah Barros.
O último contato da família de Sara Mariano com a filha da cantora gospel, de 11 anos, foi no dia 26 de outubro, um dia antes da pastora ter sido encontrada morta às margens da BA 093, na altura de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Segundo Sarah Barros, a criança teria pegado o celular de Ederlan na delegacia, onde o pai foi registrar o desaparecimento da mãe. "Ela mandou os áudios para avó materna, dizendo que ama avó, que está com saudades e que estava preocupada", diz.
A família materna entrou com um pedido de convivência no plantão judiciário do último feriado, dia 2 de novembro. Inicialmente, o plantão declinou a competência e o pedido foi encaminhado à 6º Vara da Família do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Nesta terça-feira (7), a defesa entrou com pedido de guarda unilateral, destinada exclusivamente a um dos genitores ou a quem o substitui.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro