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Ex-companheira relata convívio com suspeito de matar delegada Patrícia Jackes: "Bem explosivo"


 

Tancredo Neves confessou a autoria do crime, que aconteceu no último domingo

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 15/08/2024 às 21:03:15
Tancredo Neves Feliciano de Arruda havia sido preso por agressões contra à delegada. Crédito: Reprodução/Redes sociais

O homem suspeito de matar a delegada Patrícia Jackes em Santo Antônio de Jesus acumula queixas por violência doméstica. Em entrevista à TV Bahia, uma ex-companheira de Tancredo Neves relatou como era o relacionamento com o acusado, que confessou ter asfixiado a vítima.

“Ele sempre mostrou um comportamento bem explosivo. Era só ele que estava certo em tudo, o dono da razão. Se eu discordasse, ele começava a me colocar como errada e a se fazer de vítima. Eu descobri que ele tinha uma noiva e ele negou. Quando eu disse que não queria mais, ele me bloqueou, eu o bloqueei e segui minha vida”, disse.

A jovem, que não quis se identificar, é uma modelo de 21 anos. Ela conta que teve um filho com o suspeito e que sofria ameaças no relacionamento, culminando num pedido de medida protetiva contra Tancredo.

“Eu pedi a medida protetiva por receio das ameaças. Ele dizia que a família tinha condições, que ele fosse preso, iria dar um tiro na minha boca, que era para um carro passar por cima de mim, me ‘esbagaçar’. Ele me chamou para ir morar com ele e eu sempre neguei porque tinha medo e falava que preferia ficar na minha cidade. E evitava deixar ele nervoso porque sempre que brigávamos, ele ficava explosivo e começava a xingar”, prosseguiu.

A mulher também contou que Tancredo dizia ser um sociopata e que se afastou quando viu que os traços do acusado combinavam com a descrição do termo. Ela também relatou sobre como se sentiu ao ver a notícia da morte da delegada.

"Passaram mil coisas na minha cabeça, porque poderia ter sido eu, poderia ser minha mãe chorando. Infelizmente não daria em nada, porque eu já havia gritado diversas vezes, tinha ido na delegacia porque ele descumpria a medida protetiva e nunca era ouvida quando chegava lá”, finalizou.