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Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2024 às 07:00
Para governar uma cidade, não há receita de bolo. Cada um dos 5.570 municípios brasileiros possui peculiaridades e gargalos que só quem ali vive, entende. Apesar disso, existem critérios que devem ser colocados em prática para que uma boa gestão funcione. Uma equipe de servidores qualificados e a redução de custos são essenciais. É o que defendem o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis, e ACM Neto, ex-prefeito da capital baiana.
Ambos do União Brasil participaram do lançamento do programa Melhores do Brasil, iniciativa da Fundação Índigo voltada para a capacitação de servidores públicos de todo o país. O evento aconteceu no Hotel Wish, em Salvador, na noite de segunda-feira (15). Na ocasião, Bruno Reis ressaltou medidas que fizeram com que a cidade avançasse.
O Índice de Progresso Social (IPS), que usa como métricas estudos elaborados na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indicou que Salvador é a segunda cidade com as melhores condições de vida da Bahia. A capital só perde para Vitória da Conquista, por muito pouco. Salvador obteve nota 63,8 - bem acima da média do estado, que foi de 57,85. A cidade do Sudoeste, que ficou em primeiro lugar, teve nota 64,03.
“O primeiro grande desafio foi montar um time de qualidade para a cidade. Depois, foi implementar a regra de ouro de qualquer gestão: gastar menos do que se arrecada. Não há como a gestão avançar se você gasta mais do que você tem”, disse Bruno Reis durante o evento.
O prefeito lembrou que neste ano, pela primeira vez, Salvador recebeu nota máxima no índice de Capacidade de Pagamento (Capag), promovido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O indicador atesta a capacidade do ente federativo de cumprir suas obrigações financeiras. “Foi dado um choque de gestão, que cortou gastos que não eram prioritários. Passou a se executar políticas públicas com mais eficiência”, completou.
A preocupação com os gastos públicos será um dos temas abordados pelo programa Melhores do Brasil, que está com inscrições abertas até o dia 29 de julho. Questionado sobre o que o tornou um bom administrador enquanto esteve à frente da prefeitura de Salvador, ACM Neto, presidente da Fundação Índigo, afirmou que o trabalho é fruto de uma série de ações.
“Nunca é só uma razão, é um conjunto de motivos. Mas, talvez, um dos mais importantes tenha sido montar uma equipe de qualidade. Por melhor que o prefeito seja, por mais que ele conheça os problemas da cidade, sozinho ele não consegue. É preciso ter uma equipe dando suporte, dando apoio, acompanhando”, ressaltou. No ano em que ACM Neto deixou a prefeitura de Salvador, em 2020, tinha aprovação de 75% dos soteropolitanos. Foi o que mostrou uma pesquisa do DataPoder 360, realizada em julho daquele ano.
“Desde quando Neto chegou, que deu um choque de gestão, segurando o custeio e tendo a capacidade de fazer a cidade crescer e se desenvolver, ampliou a base arrecadatória. A gente passou a ter condições de fazer o que a cidade não conseguia no passado. Cidade que mal coletava o lixo, mal tapava o buraco, mal trocava a iluminação pública, passou a ter condições de fazer obras, de fazer entregas, lançar programas e projetos importantes”, destacou Bruno Reis.