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"Eles largaram ela na rua, correndo o risco de ser atropelada", diz tutora de cachorro roubado na Graça


 

Crime foi registrado por câmeras de segurança

  • Gilberto Barbosa

Publicado em 24/09/2024 às 21:19:27
Vitória Guimarães e a Yorkshire Luna que viveram um susto no último fim de semana . Crédito: Ana Albuquerque/CORREIO

O roubo de uma cadela da raça Yorkshire ocorreu quando a dona retornava para casa, após o passeio diario. De acordo com a tutora Vitória Guimarães, 24, a abordagem foi feita por um homem com uma faca, que queria o celular. Ao perceber que Vitória estava sem o aparelho, ele decidiu levar Luna, de 10 anos.

“Era cerca de 20h30, quando eu desci para fazer o passeio, já que ela só faz xixi na rua. Deixei o celular em casa e quando estava retornando, fui abordada. Um homem desceu com uma faca na mão e me empurrou para a parede. Ele começou a passar a mão em mim, procurando o celular e eu falei que estava sem. Nisso, ele falou que ia levar a cachorra, arrancou da minha mão e colocou dentro do carro” , relembra

O caso aconteceu na noite do último sábado (21), no bairro da Graça. A ação durou cerca de cinco minutos. Além de Vitória, uma outra moradora da região passava pelo local no momento do crime. No entanto, a jovem conseguiu entrar em casa e se esconder do grupo.

A tutora conta que enquanto os suspeitos levavam Luna, gritou que a cachorra era idosa. Após conseguir ligar para a polícia, ela desceu para a entrada do prédio, quando um motoqueiro lhe entregou o animal. “Eles a largaram na rua, correndo o risco de ser atropelada. Ela estava andando sozinha quando o rapaz a encontrou e, nas imagens, dá para vê-la atravessando a pista e um carro passando perto”, disse.

Procurada, a Polícia Militar informou que não foi acionada sobre a tentativa de roubo. Vitória contesta essa informação e diz que, além dela, o porteiro do prédio entrou em contato com a corporação. “Isso aconteceu na frente do meu prédio. Quando liguei para a polícia, eu só conseguia lembrar que era um carro preto e, durante a chamada, o atendente já sabia que era um modelo HB20. O carro estava com o número da placa coberta, mas quando eu percebi já era tarde demais”, continuou.

A jovem conta que, devido ao risco de sequestros, evita ir à rua com seu outro cachorro, da raça galgo. Ela participa de um grupo com outros tutores e relembra um caso que ocorreu no início do mês no Porto da Barra. “Uma tutora relatou que quatro homens a abordaram, querendo se aproximar da cachorra. Ela achou que eles iam levá-la, reagiu e levou um soco no rosto tão forte que ainda aguarda o nariz desinchar para poder operar. Eu não levei celular para a rua por esse motivo e não imaginava que eles iam levá-la”, finalizou.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela