Dono de mercado sequestrado em Valéria passou quatro horas com bandidos e teve celular levado
Vítima foi levada do seu estabelecimento comercial e liberada do mesmo dia
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Wendel de Novais
wendel.novais@redebahia.com.br
O dono de mercado de Valéria que foi sequestrado dentro do seu estabelecimento comercial teve o celular roubado pelos sequestradores. A vítima, identificada como Ricardo, estava trabalhando no local por volta das 19h30, quando três homens encapuzados invadiram o estabelecimento e o obrigaram a entrar em um veículo. Os funcionários do local receberam ordens para não comentar o assunto, mas confirmaram que o empresário está sem o celular e o tempo que ele ficou desaparecido.
"Fomos orientados a não falar sobre o assunto, só o proprietário pode fazer isso e explicar melhor o que aconteceu. Ele, porém, não está aqui e teve o celular roubado pelos sequestradores, então nem pode ser procurado por telefone. Eles invadiram aqui as 19h30 e só liberaram Ricardo por volta das 23h30", fala um funcionário, sem se identificar.
Os funcionários também foram questionados pela reportagem sobre a possibilidade do empresário ter realizado transferências bancárias aos sequestradores para que fosse liberado. Eles, no entanto, não souberam responder sobre isso. A Polícia Civil da Bahia (PC) também foi procurada para responder sobre possibilidade de transferências, mas não retornou sobre isso.
A polícia informou apenas que uma investigação já está em andamento.
"A Delegacia Especializada Antissequestro (DAS) investiga a extorsão mediante sequestro de um homem, proprietário de um mercado no bairro de Valéria, em Salvador. Ele foi sequestrado na quinta-feira (28) e liberado no mesmo dia. O caso foi encaminhado à unidade, que apura a autoria e as circunstâncias do crime", escreve por meio de nota.
Uma fonte da polícia, que terá a identidade preservada, informou que os bandidos chegaram a pedir as imagens das câmeras de segurança antes de sair do local com Ricardo. A fonte também confirma que o empresário teria pagado a quantia solicitada pelos bandidos para que fosse liberado, mas não tem informações de quanto o dono do mercado precisou desembolsar para ficar livre.