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De 11 para 6 empresas: crise do transporte metropolitano foi intensificada na pandemia


 

Relembre principais episódios

  • Maysa Polcri

  • Da Redação

Publicado em 11/04/2024 às 07:00:00
Mais de 2 milhões de passageiros serão impactados. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O anúncio de encerramento de 12 linhas de ônibus das empresas Costa Verde e Avanço é mais um capítulo da crise do transporte intermunicipal. Dessa vez, moradores de Lauro de Freitas, Camaçari, Candeias e Madre de Deus serão impactados. A medida visa integrar os sistemas metroviário e rodoviário da Grande Salvador, mas passageiros temem que o serviço fique ainda pior. Em quatro anos, o número de empresas que atuavam na região saiu de 11 para seis. Relembre abaixo episódios recentes que marcaram a crise do transporte.

Em janeiro de 2022, a Viação Sol de Abrantes (VSA) foi fechada e deixou funcionários desempregados. A empresa operava linhas como Camaçari X Estação Mussurunga e Simões Filho X Estação Mussurunga. Um mês após o fechamento, moradores chegaram a bloquear a BA-093 em protesto à falta de ônibus na região metropolitana.

Durante a pandemia da Covid-19, oito empresas de transporte metropolitano suspenderam as atividades por problemas financeiros e não voltaram a rodar, sendo quatro - Expresso Linha Verde, ATP Transportes, VCA e Castur - que circulavam entre Salvador e a Região Metropolitana. No total, a RMS tinha 11 companhias de transporte.

Neste ano, a última greve de rodoviários metropolitanos aconteceu no dia 13 de março e prejudicou a rotina de pelo menos 100 mil pessoas usuárias de mais de 30 linhas de ônibus. Aproximadamente 1,8 mil rodoviários e 300 ônibus ficaram parados na garagem, de acordo com o Sindmetro. A categoria reivindicava a atualização da cesta básica, equiparação salarial pelas perdas da pandemia e aumento de 20% no ticket alimentação.

O acordo aconteceu duas semanas depois, quando os rodoviários fecharam o acordo coletivo: reajuste de 4,75% no salário, 5% nas cláusulas sociais e uma perspectiva de uma negociação posterior na cesta básica. “O movimento [paralisação] que aconteceria agora não vai acontecer mais, em virtude da proposta feita pelo Patronato ter passado na Assembleia”, justificou Catarino Fernandes, diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador, Alagoinhas e Paulo Afonso (Sindimetro-BA)

Neste mês, o Sindimetro-BA anunciou que a empresa Costa Verde vai deixar de operar suas três linhas que ligam Lauro de Freitas a Salvador, a partir do dia 1º de maio. Já a empresa Avanço irá encerrar suas atividades em 3 de maio, segundo o presidente do sindicato Mário Cleber. Mais de 2 milhões de passageiros deverão ser impactados.