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Corretora morta em Vilas do Atlântico tinha cerca de 50 animais em casa; veja como adotar


 

Animais foram resgatados após tutora ser achada morta na última quinta-feira (21)

  • Wendel de Novais

Publicado em 24/09/2023 às 17:01:00
Animais estão disponíveis para adoção. Crédito: Reprodução

A corretora Marileide Santos Silva, 49 anos, que foi encontrada morta com sinais de violência sexual na sua casa em Vilas do Atlântico, no município de Lauro de Freitas, tinha cerca de 50 animais em casa. Entre eles, estavam 31 gatos, sete cães e sete animais mortos - sendo seis gatos e um cachorro. Outros animais, que eram de raça, foram levados do local antes que a polícia chegasse. Os felinos foram resgatados pela ONGs @institutopatruska e @remcabahia, mas os cães ainda estão na residência porque as instituições não têm estrutura para recebê-los.

Patruska Barreiro, 46, é presidente da ONG e conta que os animais precisam de pessoas que possam adotá-los, ainda que temporariamente. “Nós resgatamos os gatos, mas não conseguimos pegar os cães porque alguns têm necessidades especiais, como um que é epilético e cego. Quem quiser adotar pode entrar em contato conosco pelo Instagram, onde fazemos a triagem e verificamos se a pessoa tem condições de adotar. Todos vão contar com assistência nos exames médicos para verificar a saúde dos animais”, assegura ela.

Ainda de acordo com Patruska, a prioridade são os cães, que precisam ser resgatados porque ainda estão na residência, que é uma cena de crime. “A gente precisa de pessoas adotando para tirar os animais deste local, já que eles presenciaram o momento em que a tutora foi brutalmente assassinada. Logo, precisam estar em outro ambiente, com segurança e longe desse local que pode ter traumático para eles”, relata Patruska. Marileide atuava na proteção e no resgate de animais há pelo menos 10 anos.

Patruska relata ainda que, mesmo sendo encontrada só na quinta-feira (21), Marileide estava sumida desde a última segunda-feira (18). "O último contato que tivemos com ela foi na segunda-feira, quando ela mandou algumas fotos e vídeos para uma colega que também atua na proteção animal. Depois disso, a gente até tentou, mas ninguém conseguiu falar com ela. Encontraram o corpo na quinta-feira, mas achamos que ela morreu bem antes. Os vizinhos chamaram a polícia por conta do odor que estava muito forte e os animais debilitados porque pareciam não comer há dias", fala.

O resultado da perícia, que é feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), ainda não foi divulgado, mas Patruska conta que o corpo de Marileide estava enrolado em um tapete e seu rosto apresentava, segundo policiais, muitas marcas de agressão.

O caso será investigado pela 23ª Delegacia de Lauro de Freitas. Segundo amigos, Marileide vivia na casa apenas com um caseiro, que foi encontrado ao lado do corpo, com sinais de envenenamento. Ele não morreu, mas foi internado no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. Não há atualizações sobre o estado de saúde dele. Na casa de Marileide, não havia sinais de arrombamento e os itens de valor do local não foram furtados. Em depoimento, os vizinhos disseram que não ouviram nenhum barulho e só estranharam por causa do mau cheiro.