Corpo de recepcionista foi encontrado por primo: 'Quando levantou o colchão, estava lá'
Família suspeita do ex-companheiro; Camila Sampaio teve um relacionamento com Luiz Carlos por 4 anos, mas já havia terminado há três meses
-
Esther Morais
esther.morais@redebahia.com.br
O corpo da recepcionista morta dentro de casa no bairro de Cidade Nova, em Salvador, foi encontrado debaixo de um colchão por um primo e uma amiga. Camila Sampaio Rodrigues estava desaparecida há dois dias e os familiares a encontraram morta na tarde de terça-feira (22), com perfurações provocadas por arma branca. "Um amigo foi até a casa com outra prima minha. Quando levantou o colchão, o corpo estava lá", conta Elaine Santiago, prima de Camila.
Segundo os parentes, o principal suspeito do homicídio é Luiz Carlos dos Santos Reis, com quem a vítima teve um relacionamento durante 4 anos e terminou há cerca de três meses. Eles ainda moravam juntos porque o homem estava desempregado. O suspeito está foragido e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.
"Ele não aceitava o fim do relacionamento e não queria sair da casa dela. Eu não falava muito sobre o relacionamento com ela, mas ele era muito ciumento por ela ser uma mulher independente", afirma Elaine. "Espero que esse miserável apareça e pague pelo que ele fez com minha prima", desabafa.
"Ele não queria se retirar da casa dela. O que mais revolta é que é um feminicídio, mais uma vítima por causa de um homem que não aceitou o fim do relacionamento", lamenta Rogério Gonçalves, primo de Camila.
O sepultamento de Camila Rodrigues acontece nesta quarta-feira (23), às 11h, na Ordem Terceira de São Franciscno, na Baixa de Quintas.
Vítima morreu após viagem com amigas
A suspeita do desaparecimento começou quando a vítima voltou de uma viagem com as amigas em Boipeba, na noite de domingo (27). Segundo a prima, uma das meninas deixou Camila na porta de casa. Depois disso, ela não foi mais vista. A recepcionista, inclusive, teria que buscar o filho de 6 anos na casa do pai, mas não foi até o local e, nos dias seguintes, não apareceu no emprego.
"Começamos a ligar pelo celular, mas não atendia, e a mensagem no Whatsapp só enviava, ela não recebia. Daí começamos a ficar preocupados", relembra Elaine. "Ao mesmo tempo, ele [Luiz Carlos] tinha sumido também e os números dele davam como inexistente", conta.
A polícia ainda buscar esclarecer as circunstâncias, autoria e motivação do crime. Foram expedidas as guias para perícia e remoção do corpo.