Corpo de conselheiro Pedro Lino é cremado em Salvador
Familiares e amigos foram ao cemitério Jardim da Saudade para a despedida
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Da Redação
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O corpo de Pedro Henrique Lino de Souza, 73 anos, foi cremado nesta segunda-feira (16), em Salvador. Desde 1999, ele atuava como conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) - antes, foi auditor de carreira e era conhecido pela determinação e zelo no controle do dinheiro público.
A cerimônia foi realizada no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas, e contou com a presença de familiares, amigos e colegas de trabalho. Segundo pessoas próximas, a causa da morte foi infarto. Amigos contaram que Pedro Lino era um homem bem-humorado, torcedor do Bahia e sempre disponível para ajudar.
O presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), Francisco Netto, contou que foi colega de Pedro Lino durante a faculdade. "Ele foi uma das pessoas com quem aprendi muito. Pedro era uma pessoa bem-humorada, um homem alegre e sempre que precisei de uma orientação, eu o procurava. Ele era uma pessoa disponível e um bom amigo", contou.
Diversas autoridades estiveram no velório. O presidente do TCE, Marcus Presídio, destacou o profissionalismo e a receptividade do colega. "Ele vai fazer uma falta muito grande. Era uma pessoa reservada, mas tinha um humor muito sagaz. Tinha horas que eu ria muito com ele. Era de um humor inteligente, uma pessoa afável, que ouvia e era muito respeitado por isso. Ele era torcedor do Bahia, mas a paixão dele era o Tribunal de Contas, sem dúvida", afirmou.
Enquanto conselheiro, Pedro Lino teve uma postura combativa e não se intimidava ao votar de forma diferente dos demais colegas da Corte. Em 2015, por exemplo, foi o único conselheiro a votar pela reprovação das contas do último ano de governo de Jaques Wagner. Dois anos depois, foi voto vencido no tribunal quando sugeriu determinações ao analisar as contas do então governador Rui Costa.
Em 2017, ele recomendou a rejeição das contas também de Rui Costa em função de irregularidades apontadas pelo relatório elaborado por técnicos do TCE-BA. Apesar disso, teve o voto vencido pelos demais cinco membros do tribunal.