Com 34 paradas, VLT de Salvador deve ficar pronto em 2027
Início das obras foi autorizado nesta sexta-feira (14); governo estadual gastou mais de R$ 60 milhões com o projeto entre 2019 e 2024
-
Da Redação
redaçao@redebahia.com.br
-
Raquel Brito
mrbrito@redebahia.com.br
O Veículo Leve de Transporte (VLT) de Salvador tem um novo prazo para ser concluído: 40 meses. O modal, prometido há três anos, vai atender a população da região do Subúrbio, onde funcionavam os antigos trens, e também a Região Metropolitana. Serão 36,4 km de extensão, com 34 paradas e previsão é de que ele esteja completamente pronto em outubro de 2027. O primeiro trecho tem previsão de ser entregue em 2026.
O edital da obra do VLT, lançado em dezembro de 2023 pela Companhia de Transportes do estado da Bahia (CTB), por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), abrange três trechos: Ilha de São João a Calçada, Paripe a Águas Claras, e Águas Claras a Piatã. O início das obras foi autorizado nesta sexta-feira (14), na Estação da Calçada, pelo governador Jerônimo Rodrigues.
"Nós estamos celebrando o início dessa ordem de serviço. Aqui justamente é o serviço de terraplanagem. "É uma obra que, a gente entender, não é de alguns meses, mas é uma obra de alguns anos. E nós queremos chegar logo com esse trecho até São João, no Subúrbio, e depois nós temos mais dois trechos, chegando em Águas Claras e depois na orla, em Piatã", disse o governador.
Segundo a presidente da CTB, Ana Cláudia Nascimento, as áreas onde o VLT passará serão requalificadas. "Integramos orla a orla da cidade. Nós iremos transformar a cidade, assim como o metrô teve seu impacto de transformação, implataremos 36 km de VLT. O VLT traz consigo uma requalficação da região. A BA-528 será duplicada e no canteiro central será instalado o VLT. No trecho 1 será toda uma requalficação do Subúrbio, vem uma requalificação urbana, valorização imobiliária com a obra", diz.
Nascimento diz ainda que o prazo da obra, previsto para 40 meses, será cumprido. "O previsto são 40 meses. São 36 de meses de obras e mais 4 de testes e implantação. Vamos cumprir esse cronograma, assim como cumprimos com a licitação. Foram cinco meses apenas para uma licitação grande, de R$ 3,6 bilhoes. Não é pouca coisa e tivemos o êxito e assim será no cumprimento da obra", afirmou, durante a cerimônia de assinatura.
Custo sem os trens
Levantamento do CORREIO aponta que, entre fevereiro de 2021 e abril deste ano, as pessoas que utilizavam a linha de trens entre Paripe e Calçada nos cinco dias úteis perderam, em média, R$ 6,7 mil desde a desativação do antigo modal. Esses passageiros tiveram que desembolsar mais dinheiro para se deslocar, já que passaram a pagar passagens dos ônibus entre R$ 4,20 no início de 2021 a R$ 5,20 atualmente.
O antigo modal, que era a principal forma de transporte na região, tinha tarifa de R$0,50 e transportava quase 10 mil pessoas por dia.