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Caso Gabriel: Polícia pede mais tempo para concluir investigação


 

Pedido foi enviado na última terça-feira (22) ao Ministério Público; novo prazo solicitado não foi informado

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 23/08/2023 às 17:25:17
Gabriel estava na porta de casa quando foi baleado. Crédito: Reprodução

A Polícia Civil da Bahia (PC-BA), por meio da 34ª DT/Portão, encaminhou na última terça-feira (22) um procedimento ao Ministério Público (MP-BA), solicitando a prorrogação para o término da investigação do caso do menino Gabriel, 10 anos, morto ao ser atingido por um tiro no pescoço quando estava na porta de casa no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, há um mês, no dia 23 de julho. 

De acordo com a Polícia Civil, o pedido por mais tempo ocorreu com o objetivo de promover a transparência junto ao Poder Judiciário acerca da investigação. Não foi informado o tempo do novo prazo solicitado.

Procurado, o MP-BA não confirmou o recebimento do pedido. Contudo, ressaltou que o inquérito policial chegou ao Ministério Público e está sendo analisado. 

Relembre o caso

O menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, morreu após ser atingido por bala perdida no bairro de Portão, em Lauro de Freitas. Ele estava sentado no batente da porta de casa, por volta das 16h, quando um tiro acertou o seu pescoço. Ele foi levado para o Hospital Menandro Farias, em Lauro de Freitas, onde teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Por volta das 22h, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde teve uma segunda parada cardíaca e acabou não resistindo.

Os familiares de Gabriel acusaram agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) pela morte do menino. De acordo com eles, PM's chegaram atirando na Avenida Costa, rua onde fica a casa da vítima. "Foi tudo muito rápido, as coisas estavam sossegadas e eles [policiais] chegaram atirando na rua, o que não deu qualquer chance de defesa dele porque todo mundo foi surpreendido porque até então estava tudo bem", falou Érica, tia de Gabriel.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe da 52ª CIPM fazia rondas quando encontrou um homem em atitude suspeita e que disparou contra os policiais. Depois, outros homens armados teriam se juntado a ele para atirar contra os PMs, que revidaram. Equipes da CIPT Rondesp RMS chegaram em apoio à 52ª CIPM e os indivíduos fugiram.

Quem esteve no local contestou a versão da polícia, afirmando que não houve troca de tiros onde Gabriel foi atingido. "Não teve troca de tiro, quero ver o que eles vão falar. Vão dizer que a criança trocou tiro com eles? Chegaram atirando como sempre fazem aqui em Portão. Já é um bairro em que a polícia chega dessa forma aí, sem pensar em quem está no meio", completou Érica, que pediu respostas sobre o caso.

Os policiais militares envolvidos na ação que terminou com a morte do garoto foram afastados das ruas enquanto o caso é apurado. As armas usadas por eles foram recolhidas.