Caso Binho Galinha: Justiça determina transferência de nome de imóveis dos envolvidos
Medida cautelar é um desdobramento da Operação El Patrón
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Da Redação
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A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta segunda-feira (22) para cumprir uma decisão da Justiça que determinou a transferência de bens que podem ser convertidos em dinheiro referente aos envolvidos em uma investigação de organização criminosa de agiotagem e jogos de aposta em Feira de Santana, a 120 km de Salvador. Um dos investigados é o deputado estadual Binho Galinha.
Ao todo, foi determinada a alienação antecipada de 45 propriedades urbanas e rurais e 245 bens móveis em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.
A operação foi realizada de forma conjunta com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada (FORCE/COGER/SSP/BA) com o objetivo de desarticular o grupo especializado na lavagem de dinheiro vindos de jogos de aposta, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais, em Feira e cidades próximas.
A medida cautelar é um desdobramento da Operação El Patrón, deflagrada em dezembro, quando foram expedidos dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
As investigações seguem em andamento para apuração de eventuais envolvidos.
Relembre o caso
Segundo as investigações, a organização criminosa seria chefiada pelo parlamentar Binho Galinha, que foi alvo de busca e apreensão e bloqueio de bens durante a operação ‘El Patrón’, no dia 7 de dezembro de 2023.
As investigações apontaram ainda que os policiais integram o braço armado do grupo miliciano, sendo responsáveis pela segurança das atividades ilícitas desenvolvidas pelo grupo criminoso.
Em uma nota publicada na época, Binho Galinha afirmou estar à disposição da Justiça para “esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na operação denominada de ‘EI Patron’”.
O político afirmou ainda que tem acompanhado os desdobramentos das investigações com tranquilidade e colaborado com o Poder Judiciário.