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Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2024 às 19:00
A Bahia já registra 55 casos de febre Oropouche neste ano. Os seis novos positivos foram confirmados em Teolândia (23 casos ao todo), Tapeorá (4) e Laje (14), que teve o maior aumento de casos desde o última divulgação. As outras cidades baianas com registros de casos são: Ibirapitanga (1), Mutuípe (2), Valença (10) e Salvador (1).
Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), com base em números confirmados até a segunda-feira (15), anteriormente eram 49 pessoas infectadas.
Para o virologista Gubio Soares, que coordenou a equipe que descobriu a doença na capital em 2020, a transmissão acelerada já configura surto na Bahia.
A pessoa contaminada na capital baiana viajou para o município que registra mais casos de febre oropouche na Bahia, Teolândia. “Imediatamente após a notificação do caso, foi iniciada a investigação epidemiológica e foi possível constatar que o residente de Salvador teve história de viagem recente ao município baiano de Teolândia, que vem registrando ocorrências de casos positivos para Oropouche”, disse a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Apesar de Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) não ter registros de casos de Oropouche em anos anteriores no estado, o primeiro caso da doença em Salvador foi identificado em 2020. O vírus foi detectado na urina e saliva de um paciente pelo Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS/UFBA). De lá para cá, outros dez casos foram identificados, segundo Gubio Soares, coordenador do laboratório.
A febre Oropouche é transmitida por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim.
Os sintomas, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular.