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Amante do marido pagou R$5 mil pelo assassinato de Paloma Assis, diz delegada


 

Quatro suspeitos de envolvimento foram presos até o momento

  • Da Redação

Salvador
Publicado em 05/09/2023 às 19:34:42
Paloma Assis São Pedro. Crédito: Reprodução

A delegada Fernanda Ásfora, titular da 2ª Delegacia de Homicídios, afirmou que a amante do marido de Paloma Assis São Pedro pagou R$ 5 mil reais pela execução da vítima. Segundo a polícia, a amante, presa nesta terça-feira (5) por planejar o homicídio, confessou o crime e afirmou ter planejado por três meses.

“Ela não estava presente no momento do crime, mas voltou, sim, para se certificar de que Paloma estava morta, cerca de vinte minutos depois. Ela percebeu um aglomerado de pessoas em volta do corpo e se juntou. Só então ela fez o pagamento aos homens que ela contratou para realizar o crime”, disse a titular da 2ª DH em entrevista ao CORREIO. A mandante não tinha nenhuma passagem pela polícia.

Além dela, um homem suspeito de intermediar a execução, que a delegada afirma ser amigo da amante, também foi detido nesta terça-feira. Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 38 e uma pistola - ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. No último dia 25, foram presos os dois acusados de executar Paloma. A delegada diz que uma outra mulher, motorista do carro em que estavam os executores, também é investigada.

A acusada tinha uma relação de aproximadamente sete anos com o marido de Paloma, entre idas e vindas causadas por ciúmes, de acordo com Ásfora. Segundo ela, a amante se sentia frustrada porque o homem afirmava que iria se separar de Paloma, mas não o fazia devido ao prejuízo financeiro que teria. Ela afirma que, até o momento da investigação, que ainda está em curso, o marido de Paloma não teve participação no crime.

O crime

Paloma Assis São Pedro foi morta no dia 15 de agosto, depois de deixar os filhos na escola, em Tancredo Neves.

Amigos e familiares afirmam que um homem saiu do carro e atirou em Paloma, dando o primeiro tiro nela pelas costas. Quando ela já estava no chão, disparou mais quatro vezes. O crime gerou comoção entre as pessoas próximas a ela, que pedem por justiça e que a investigação encontre rápido os responsáveis por sua morte.

Uma viatura da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) chegou a socorrer Paloma após o crime, mas moradores afirmam que a vítima já teria deixado o local sem sinais vitais. No lugar onde houve os tiros, a quantidade de sangue espalhado pelo chão assustava a todos que passavam.

Paloma deixou dois filhos: um menino de 5 anos e uma menina de 9 anos. O caçula, inclusive, fez aniversário um dia depois do crime, no dia do enterro da mãe. Eram eles que Paloma levou para escola antes de retornar pela Rua Direta de Tancredo Neves e ser interceptada por um veículo de onde cinco disparos foram feitos contra ela.