Adolescente foi indicada por uma amiga para casa de prostituição em Itapuã

A adolescente que foi resgatada de uma casa de prostituição, em Itapuã, contou para a polícia que foi levada até o local por uma amiga. A vítima mora no Subúrbio Ferroviário, em Salvador, e estava acompanhada por um homem quando os investigadores chegaram, na noite desta sexta-feira (3). Um casal, apontado como responsável pela casa noturna, foi preso junto com o homem.

Neste sábado (4), a titular da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (DERCCA), Simone Moutinho, que está à frente da operação, contou que havia mais pessoas na casa de prostituição no momento em que as equipes chegaram. Elas foram revistadas, tiveram documentos verificados e foram liberadas. Depois, o estabelecimento foi fechado.

“No local estavam outras mulheres e muitos clientes, mas só havia uma adolescente. A situação de prostituição era bastante clara, por isso, a autuação em flagrante do casal por manutenção e favorecimento a prostituição, além do mais por exploração sexual de adolescente”, contou a delegada.

Depois que foi resgatada, a adolescente foi levada para a delegacia, onde recebeu atendimento psicossocial, prestou depoimento e narrou como funcionava o esquema e as regras do estabelecimento. A delegada contou que o casal já era alvo de outras investigações e que a polícia está apurando se existem outras vítimas.

“Havia a denúncia de que a casa era frequentada por crianças e adolescentes em atividade de prostituição. Como é trabalho rotineiro da Dercca coibir tanto a exploração sexual de crianças e adolescente, quanto o trabalho infantil, iniciamos a operação neste alvo, em Itapuã”, afirmou.

Batizada de Operação Caminhos Seguros, a ação contou com participação também da Coordenação de Operações de Polícia Judiciária (COPJ). No local, foram apreendidos uma pistola semiautomática, munições, R$ 650 em dinheiro, máquinas de cartão de crédito, documentos e um computador. Todo material será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para perícia.

A delegada pediu que quem tiver mais informações ajude a polícia através do Dique Denúncia, pelo telefone 181. Ela frisou que é possível manter o anonimato e que muitas investigações da Dercca surgiram a partir de denúncias anônimas.