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'É mentira que tiros foram acidentais', diz irmão de dono de bar morto em briga de trânsito


 

Suspeito do crime alegou tiros acidentais e foi liberado; família protesta

  • Elis Freire

Salvador
Publicado em 11/10/2024 às 16:43:29
O suspeito de matar Yuri confessou que atirou contra o comerciante, mas alegou que os disparos foram acidentais. Crédito: Reprodução

"Todo mundo sabe que é mentira que os tiros foram acidentais”. A afirmação é de  Samuel Oliveira, irmão de Yuri Oliveira, dono de bar morto a tiros em briga de trânsito no Saboeiro no último domingo (6). A família protestou no no cabula nesta sexta (11), após o suspeito depor sobre do crime e voltar para casa.

O suspeito de matar Yuri confessou que atirou contra o comerciante, mas alegou que os disparos foram acidentais. Ele não teve a identidade divulgada pela polícia, mas o irmão da vítima confirmou ao CORREIO que Yuri conhecia o atirador desde a infância.

“A Justiça decidiu que pode matar e ser liberado. Todo mundo sabe que o que ele alega é mentira. Segunda-feira vou com advogado tentar ter acesso ao motivo de indeferir o pedido de prisão!”, relatou Samuel Oliveira.

Segundo a Polícia, o suspeito se apresentou nesta sexta (11) no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhado de advogado. O homem foi ouvido e liberado, já que o prazo para prisão em flagrante havia encerrado. Também não havia um pedido de prisão em aberto para o homem. 

Empresário, o homem morto era dono do Bistrô dos Artistas, bar que fica na Rua José Ferreira, no Saboeiro, mesmo local em que aconteceu o crime. No domingo (6), Yuri estacionou o carro em uma vaga na via, quando o autor dos disparos começou a discutir com ele, alegando que ele havia fechado a passagem para outros carros. O homem então atirou em Yuri.

Equipes da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foram até o local e ao chegar foram informados que populares socorreram Yuri para o Hospital Roberto Santos. Yuri não resistiu.

O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH). Ainda de acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi instaurado, depoimentos foram agendados  e outras buscas são realizadas para elucidar o crime.

*Sob orientação da subeditora Carol Neves