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60% dos presos são soltos em audiência de custódia em Salvador


 

A Defensoria Pública do Estado analisou quase 3 mil casos em 2023

  • Bruno Wendel

Publicado em 28/10/2024 às 09:00:00
Vara de audiência de custódia em Salvador. Crédito: Wendel de Novais/CORREIO

“Polícia prende, justiça solta”. Esta crítica é muito comum entre os baianos quando o assunto é audiência de custódia, ato que determina que todo preso em flagrante deve ser apresentado a um juiz para avaliar a necessidade da manutenção da prisão. Dados da Defensoria Pública do Estado, divulgados neste mês, entre os 2.898 casos analisados, a decisão mais comum foi a concessão de liberdade provisória, 57,80% do total, ou seja, 1.675 casos.

Já a decretação de prisão preventiva foi aplicada em 35,99%, correspondendo a 1.043 ocorrências. Em seguida, a prisão relaxada foi registrada em 5,04% dos casos (146), enquanto a domiciliar foi de 0,24% (7).

Em maio deste ano, um traficante, que tinha matado uma pessoa e depois atropelado PMs na Avenida Joana Angélica, foi solto numa dessas audiências, situação que causou revolta aos militares, que pedem um Judiciário mais rigoroso, a fim de evitar a liberdade a quem põe risco à sociedade e o sentimento de que o crime compensa.

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