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13 anos de agonia: do tiro ao julgamento, relembre o caso do menino Joel


 

Garoto se preparava para dormir quando uma bala invadiu a casa e o atingiu na cabeça

  • Bruno Wendel

Publicado em 15/04/2024 às 11:00:37
Joel, aos 10 anos. Ele participou de uma campanha publicitária do governo do estado da Bahia  . Crédito: Reprodução

Da morte ao júri popular, passaram-se 13 anos, tempo maior do que a vítima teve de vida. O julgamento do dia 6 de maio deste ano poderá ser um alívio e munição para o segurança e capoeirista Joel de Castro, de 55, o “Mestre Ninha”, pai do pequeno estudante Joel da Conceição Castro, de 10 anos, baleado dentro de casa, durante ação da Polícia Militar, no Nordeste de Amaralina. Um abrandamento, caso os dois policiais militares sejam condenados pelos sete jurados, e fortaleza para continuar a luta, afinal, ainda no processo constam sete PMs denunciados. Ou seja, com a morosidade judicial, ainda há muito chão pela frente. Veja agora alguns pontos importantes do caso.

21 de novembro de 2010

Por volta das 23h30, policiais militares da 40ª CIPM, em ação conjunta, chegaram no Nordeste de Amaralina, na Rua Aurelino Silva, efetuando vários tiros. Uma das balas atravessou a janela e atingiu a cabeça de Joel da Conceição Castro, de 10 anos. Ele se preparava para dormir.

14 de janeiro de 2011

Promotores de Justiça denunciam policiais militares por crime doloso contra o menino Joel. São eles: o ex-soldado PM Eraldo Menezes de Souza, autor do disparo que vitimou a criança; o tenente PM Alexinaldo Santana Souza, que comandou a ação; além dos soldados Leonardo Passos Cerqueira; Robson dos Santos Neves; Paulo José Oliveira Andrade; Nilton César dos Reis Santana; Luís Carlos Ribeiro Santana; Juarez Batista de Carvalho; e Maurício dos Santos Santana.

08 de fevereiro de 2011

O juiz Ernane Garcia Rosa, da 2ª Vara do Júri, aceitou integralmente a denúncia do Ministério Público e determinou a citação dos acusados.

14 de junho de 2023

O Ministério Público do Estado (MPBA) apresenta a lista de testemunhas que irá depor no plenário do Júri

06 de agosto de 2023

A Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina (AMNA) acusa policiais militares de impedir a exibição do documentário "Menino Joel" na localidade, que seria realizada por meio do projeto Cine Maloca – a produção conta a tragédia baseada em depoimentos de parentes e amigos do menino. Na ocasião, a Polícia Militar disse que ia apurar o fato.

06 de maio de 2024

O ex-soldado Eraldo Menezes de Souza e o tenente Alexinaldo Santana Souza vão se sentar no banco dos réus, às 8h, no Fórum Ruy Barbosa. Os demais acusados, sete PMs, foram impronunciados, ou seja, foram retirados do processo.