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5 impactos negativos do sedentarismo para a saúde do coração


 

A falta de atividade física regular está associada ao aumento do risco de desenvolver doenças cardiovasculares

  • Portal Edicase

Publicado em 05/03/2024 às 17:25:01
O sedentarismo pode prejudicar a saúde do coração (Imagem: yabluko_draws | Shutterstock). Crédito:

O sedentarismo é caracterizado pela falta ou redução significativa de atividade física na rotina diária de uma pessoa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 20% da população mundial adulta e 80% dos adolescentes são inativos fisicamente, ou seja, não praticam nenhum tipo de exercício físico regularmente.

Conforme o cardiologista Dr. Robеrto Yano, um dos maiores efeitos negativos do sedentarismo à saúde é seu impacto no coração e sistema cardiovascular. “A falta de atividade física regular compromete o coração como um todo, aumentando os riscos de doenças cardiovasculares. Ela contribui para o acúmulo de gorduras nas artérias, aumenta a pressão arterial, reduz a capacidade do coração de bombear sangue eficientemente para o corpo”, alerta o cardiologista Dr. Roberto Yano. 

Outros prejuízos do sedentarismo

O sedentarismo é prejudicial para a saúde por diversos motivos. Ele causa o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares, obesidade e problemas musculares. Além disso, também compromete o sistema cardiovascular e reduz a eficiência metabólica, o que contribui para o ganho de peso e a perda de massa muscular, afetando diretamente a qualidade de vida. 

A seguir, o médico lista impactos negativos do sedentarismo na saúde cardiovascular:

1. Aumento do risco de doenças cardíacas

O sedentarismo está fortemente associado ao aumento do risco de desenvolver doenças cardiovasculares como infarto, acidente cerebral vascular (AVC) e insuficiência cardíaca, pois acelera o processo da aterosclerose, da doença coronariana e aumenta as chances de evolução para a insuficiência cardíaca.

2. Acúmulo de gordura abdominal

A falta de exercício contribui para o ganho de peso, especialmente de gordura abdominal, que é um fator de risco para doenças cardiovasculares, pois está associada a níveis altos de colesterol, resistência à insulina e inflamação sistêmica.

O aumento do colesterol, provocado pelo sedentarismo, contribui para doenças cardiovasculares (Imagem: Zigzigzig | Shutterstock). Crédito:

3. Aumento do colesterol ruim e redução do colesterol bom

A falta de atividade física está relacionada ao aumento do colesterol LDL (ruim) e à redução do colesterol HDL (bom), criando um ambiente propício para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

4. Diabetes tipo 2

O sedentarismo é um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, que, por sua vez, aumenta significativamente as chances de problemas cardiovasculares. A inatividade física contribui para a resistência à insulina e a má regulação dos níveis de glicose no sangue.

5. Pressão arterial alta

A falta de atividade física regular causa o enrijecimento das artérias e a redução da capacidade do sistema cardiovascular de regular a pressão arterial, o que aumenta o risco de hipertensão arterial. E sabemos que a pressão alta é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares.

Fugindo do sedentarismo

O ideal é que se realize pelo menos 150 minutos de exercício físico por semana e, segundo o Dr. Roberto Yano, não precisa ser necessariamente em academias; pode ser incorporando os exercícios no seu dia a dia. “Muitas pessoas acreditam que ser mais saudável é caro; que para praticar atividades físicas é preciso ir para academias, pagar um personal etc., mas já é possível deixar de ser sedentário incluindo algumas atividades no seu dia a dia e fazendo algumas modificações”.

É importante começar mesmo que seja aos poucos. “Por exemplo, trocar o carro, pela bicicleta em algum momento; trocar duas vezes na semana o elevador pelas escadas; passear você mesmo com seu cachorro, entre outros, que podem parecer simples, mas já são grandes avanços para quem está no total sedentarismo”, afirma Dr. Roberto Yano.

Por Dr. Roberto Yano

Cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB.