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Portal Edicase
Publicado em 8 de maio de 2024 às 12:28
O Dia Mundial do Câncer de Ovário, comemorado em 8 de maio, representa uma grande oportunidade para sensibilizar as mulheres sobre esta doença perigosa e muitas vezes silenciosa. Esse tipo de câncer é reconhecido como um dos tumores ginecológicos mais letais, com mais de 70% dos diagnósticos ocorrendo em estágios avançados. Neste contexto, o Instituto ACCO – Associação de Combate ao Câncer de Ovário – destaca a urgência de conscientização e educação sobre prevenção, diagnóstico e tratamento desta enfermidade.
O câncer de ovário impacta milhares de mulheres globalmente. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é a segunda principal causa de morte por câncer ginecológico, perdendo apenas para o câncer de colo de útero. A periculosidade desse tipo de câncer reside em sua tendência a ser assintomático nos estágios iniciais, o que frequentemente resulta em diagnósticos tardios e compromete a eficácia do tratamento.
Quando presentes, os sintomas iniciais do câncer de ovário são vagos e podem englobar:
Tais sintomas são comumente associados a problemas gastrointestinais ou outras condições benignas, o que pode atrasar o diagnóstico correto.
Segundo Fernando de Lima, presidente da ACCO, a detecção precoce é crucial para aumentar as chances de sobrevivência. “Quando diagnosticado em estágios iniciais, o câncer de ovário pode ser tratado com sucesso por meio de cirurgia, e as chances de sobrevida aumentam significativamente. Por isso, é vital que as mulheres fiquem atentas aos sinais e busquem atendimento médico se tiverem qualquer sintoma incomum”, explica.
A falta de exames de rastreamento eficazes é outro desafio na luta contra o câncer de ovário. Ao contrário do câncer de mama, que pode ser detectado por mamografia , ou do câncer de colo de útero, detectado por meio do exame de Papanicolau, ainda não há uma ferramenta de rastreamento amplamente disponível e eficaz para o câncer de ovário.
Embora não haja uma maneira garantida de prevenir o câncer de ovário, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco:
Mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou câncer de mama têm um risco aumentado. Consultar um geneticista pode ajudar a determinar a presença de mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, o que pode influenciar a estratégia de prevenção.
Embora não exista um exame de rastreamento eficaz para o câncer de ovário, consultas ginecológicas regulares podem ajudar a detectar qualquer anormalidade nos ovários ou região pélvica.
O uso prolongado de contraceptivos orais pode reduzir o risco de câncer de ovário. No entanto, essa é uma decisão que deve ser tomada com orientação médica, levando em consideração os riscos e benefícios individuais.
Manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos , pode ajudar a reduzir o risco de várias doenças, incluindo o câncer.
Por Leonardo Devienne