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Seis dados sobre os impactos da boa gestão de clima organizacional


 

Cuidar das pessoas faz muito bem para os negócios

  • Da Redação

Publicado em 20/05/2020 às 06:00:00
Atualizado em 21/04/2023 às 05:12:04
. Crédito: Foto: Shutterstock

O que você faz para manter a sua empresa em pé: equilibra finanças, organiza processos e satisfaz clientes? Por muito tempo, esses três pilares foram suficientes para o sucesso de um negócio. Hoje, no entanto, sabemos que organizações sustentáveis são aquelas que também reconhecem o valor das pessoas e investem em boas práticas de gestão de clima organizacional.Afinal, somente em um excelente ambiente de trabalho os profissionais se sentirão mais engajados, mais produtivos, mais inovadores — e isso não é conversa fiada de RH “abraçador de árvore”. Ao longo de mais de 20 anos de pesquisas de clima por todo o mundo, o GPTW pôde constatar, por meio de dados, que cuidar das pessoas faz muito bem para os negócios, obrigado.

Confira, abaixo, seis dados incríveis que comprovam o impacto positivo de um great place to work no bolso da sua empresa!

1. Ganhos de R$ 201 milhões com ideias dos colaboradores

De acordo com o ranking do Great Place to Work de 2019, foram enviadas 2.623 sugestões por organização dentre As 150 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil. Desse total, foram implementadas 2.077 novas ideias por empresa — ou seja, 79% das sugestões enviadas foram colocadas em prática.

Após implementadas, as sugestões renderam um ganho médio de R$ 201 milhões no total. O que significa que aqueles que investem na gestão de clima naturalmente caminham rumo à construção de um ambiente propício à inovação e à geração de soluções.

2. Rotatividade três vezes inferior ao restante do mercado

Uma vez estimuladas, as pessoas tendem a permanecer no trabalho. Em 2016, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) constatou um índice de 24% de rotatividade voluntária nas empresas brasileiras. Enquanto, entre As 150 Melhores Empresas Para Trabalhar no Brasil em 2019, a taxa é de 7%.

Quem pensa na remuneração como justificativa para tal diferença de turnover entre as empresas que se destacam pela gestão de pessoas e as demais pode estar enganado. Pesquisas da Universidade de Zurique revelam que o aumento salarial não necessariamente influencia no engajamento e na produtividade do colaborador.

Prova disso é que os principais fatores de permanência nas organizações presentes no ranking nacional do GPTW são a oportunidade de crescimento e a qualidade de vida, mostrando que salário e benefícios não bastam. Veja os números da última edição da lista Melhores Empresas Para Trabalhar, divulgada em 2019:

3. Lucros 7% mais altos do que as maiores empresas do país

Não importa se você tem 5 ou 5000 funcionários, pequenos, médios e grandes negócios podem aumentar o rendimento cuidando do clima organizacional. Em comparação com as 500 maiores empresas do Brasil, os benchmarks do GPTW são R$ 40 milhões mais lucrativos: R$ 570 milhões contra R$ 610 milhões, respectivamente.

4. Retorno financeiro três vezes mais atraente para acionistas

Colaboradores felizes e autoconfiantes são 12% mais produtivos, segundo levantamento da Universidade de Warwick. Essa cultura de satisfação e confiança interfere no desempenho financeiro das ações da empresa, fazendo a felicidade também de seus acionistas.

Em um estudo sobre o retorno financeiro das ranqueadas pelo GPTW com capital aberto no Ibovespa, chegamos à conclusão de que, se um acionista tivesse investido R$ 100 em duas empresas, no período de 2000 a 2011, o retorno seria de:

5. Rendimento 60% superior no mercado de ações americano

Resolvemos aproveitar o clima de investimentos para fazer uma breve visita ao mercado americano de ações. Por lá, o Great Place to Work tem parceria com a Revista Fortune para identificar anualmente as 100 Melhores Empresas para Trabalhar.

Entre 1998 e 2016, as organizações do ranking norte-americano mostraram um retorno 149% maior sobre o investimento em comparação com as outras. Cada US$ 1.000 investidos nas ações dessas empresas renderam US$ 10.346, contra apenas US$ 4.161 das demais.

6. Elevação da confiança interna e do engajamento

Ganhar a confiança e aumentar o engajamento dos funcionários são grandes desafios das organizações de maneira geral. Uma das formas de fazer isso é por meio da comunicação entre líderes e colaboradores. Pesquisas do GPTW mostram que quanto maior o número de feedbacks dados aos funcionários, melhor é a relação de confiança: no ranking de 2019, o grupo de colaboradores que só recebeu um feedback ao longo do ano apresenta um índice de confiança de 79; enquanto aqueles que receberam quatro ou mais feedbacks têm um índice de 91.

Apesar das melhores para trabalhar demonstrarem bons resultados na confiança interna e no engajamento, o cenário geral não é exatamente assim. Informações do State of the Global Workplace, estudo promovido anualmente pelo Instituto Gallup, mostram que apenas 15% dos funcionários em todo o mundo se sentem engajados em seu trabalho. Isso significa que 85% dos seus colaboradores podem ter seu potencial desperdiçado. Já parou para pensar nisso?

É justamente para evitar esse cenário alarmante que o Programa de Certificação GPTW oferece a oportunidade das empresas escutarem o que as pessoas que fazem o seu negócio acontecer têm a dizer.

Por meio de uma plataforma online que automatiza a pesquisa de clima organizacional, é possível entender o que, na opinião dos funcionários, está bom, o que poderia ser melhor e o que precisa mudar completamente para aprimorar o ambiente de trabalho.

Os dados que você acompanhou refletem a qualidade da gestão de clima organizacional que coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial das melhores empresas. Desde a publicação da primeira lista de melhores empresas para trabalhar no mundo, em 1997, o Great Place to Work já ouviu 12 milhões de funcionários de 10 mil organizações em mais de 60 países.

Então, vamos fazer da sua empresa um excelente lugar para trabalhar?

Por Bruno Arins, redator do GPTW