Viúva de Adriano da Nóbrega fecha delação premiada com MP, diz coluna
Expectativa é que ajude investigações sobre crimes encomendados a milicianos
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Da Redação
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Viúva do capitão Adriano da Nóbrega, Júlia Emília Mello Lotufo, está perto de homologar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e o Ministério Público estadual do Rio. Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, ela negocia com os procuradores com apoio do advogado, o ex-senador Demóstenes Torres.
A delação já está na segunda fase - ou seja, os procuradores aceitaram.
Júlia viveu um relacionamento por 10 anos com Adriano. Ela chegou a estar com ele na Bahia, onde o miliciano foi morto pela polícia em fevereiro do ano passado. Na época, teve prisão preventiva decreta e ficou foragida. Posteriormente, a punição passou para prisão domiciliar. Adriano era próximo ao senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
A viúva trabalhava na subdiretoria-geral de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ela atualmente responde por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a coluna, foi dela a ideia de fazer um acordo com investigadores. Ela agora negocia com a área do MP que inevstiga participação de milicianos em assassinatos de aluguel, como as mortes cometidas pelo grupo criminoso Escritório do Crime.
Novo casamentoApenas 8 meses após a morte do miliciano Adriano, a viúva casou-se novamente. E o felizardo foi, curiosamente, um empresário que tinha dívidas com seu ex-marido, como mostra reportagem do jornal carioca Extra.
Segundo a publicação, depois de viver perigosamente com o paramilitar e ex-capitão do Bope, inclusive o acompanhado durante a tentativa de fuga no litoral norte baiano antes da morte em Esplanada, Júlia passou a viver com o empresário Eduardo Vinícius Giraldes Silva.
Por trás do casamento, em regime de comunhão total de bens, investigadores da Polícia Federal acreditam que exista algum tipo de negócio ilícito entre o empresário e o ex-dono da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na zona oeste do Rio. Como viúva, Júlia teria ficado com a herança proveniente de crimes.