Traficante picado por Naja é indiciado; estudante comercializava cobras há 3 anos
Pedro Krambeck, 22 anos, comprava serpentes de outros estados, criava em cativeiro, montado na própria residência, e vendia os filhotes por R$ 500
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Da Redação
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O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, picado por uma cobra naja no dia 7 de julho, traficava animais silvestres desde 2017, concluiu a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal.
O traficante de 22 anos será indiciado por tráfico de animais silvestres e por maus-tratos pelo número correspondente de cobras relacionadas a ele: 23. Além disso, Pedro responderá por associação criminosa e exercício ilegal da profissão.
Em entrevista realizada na manhã desta quinta-feira (13), o delegado Willian Andrade ainda confirmou o indiciamento de outras 11 pessoas, entre elas a mãe e o padrasto de Pedro Henrique.
Segundo informações da Polícia Civil, o jovem "comprava serpentes de outros estados, criava em cativeiro, montado na própria residência, e vendia os filhotes por R$ 500 a interessados".
Pedro Henrique foi preso temporariamente no dia 29 julho pela Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita de integrar um esquema para a prática de crimes ambientais, como tráfico de animais. Ele foi liberado dois dias depois.
O suspeito ficou hospitalizado por mais de uma semana após ser picado pela naja e chegou a entrar em coma após o incidente. Como a cobra não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada. O medicamento teve que ser enviado para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo.
Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.