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Ruas de Salvador amanhecem tomadas por lixo espalhado por candidatos


 

Cerca de 1.200 agentes da Limpurb trabalham para limpar áreas em operação especial

  • Wendel de Novais

Publicado em 07/10/2024 às 08:36:36
Pontos de Salvador amanheceram cheios de sujeira. Crédito: Marina Silva / CORREIO

A eleição de 2024, em Salvador, já ficou no passado. Diferente do rastro de lixo em forma de 'santinhos' que tomaram as ruas da cidade e amanheceram misturados a copos, garrafas e restos de comida que compõem um cenário de sujeira nas vias da capital. Por conta da problema, cerca de 1.500 agentes da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) trabalham para limpar a cidade. Entretanto, pela quantidade de lixo despejada, muitos lugares amanheceram em situação crítica.

É o caso, por exemplo, da Rua de Cosme de Farias, perto do final de linha do bairro, onde a situação é crítica. "Parece até que teve maçaneta, né? Tem que mandar esse povo que sujou vir aqui limpar", reclama Leide Santana, que mora no bairro. Uma comerciante, que prefere não se identificar, também mostrou revolta. "Eu vendo frutas aqui e está sem condição nenhuma. Além da sujeira, o cheiro horrível. Que cliente vai querer comprar aqui", fala ela.

No Largo dos Paranhos, em Matatu de Brotas, a sujeira também está evidente. Apesar do trabalho dos agentes para limpar, o estrago feito é difícil de ser contornado nas primeiras horas do dia. Joana da Silva pede multa para candidatos pelo transtorno. "Eles têm que pagar a conta. Por mim, pegava os santinhos de cada um e cobrava uma multa. É uma sujeira absurda, risco das pessoas caírem e um desrespeito com o pessoal que a faz a limpeza", fala ela, enquanto esperava por um ônibus no local.

Largo dos Paranhos cheio de sujeira. Crédito: Marina Silva / CORREIO

Na Avenida Joana Angélica, nas imediações do Colégio Central, o cenário também é caótico. Por ser uma região central, a área amanheceu com dezenas de agentes da Limpurb. Ainda assim, era possível ver dezenas de 'bolos' com centenas de santinhos que foram reunidos para serem colocados em saco pelos agentes. "Após a eleição, é um dos piores dias de trabalho do ano, com certeza. A gente trabalha demais e não tem como dar conta", diz um agente, que prefere não se identificar.

Há dezenas de outros relatos de outros pontos da cidade com situação problemática.