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'Nós defendemos um projeto socialista', diz candidato a vice-prefeito na chapa do PSTU


 

Edson Santana disputa o pleito como postulante a vice na composição de Victor Marinho

  • Millena Marques

Salvador
Publicado em 23/09/2024 às 05:00:00
Edson Santana, candidato a vice na chapa de Victor Marinho. Crédito: Divulgação

Candidato a vice-prefeito de Salvador na chapa majoritária de Victor Marinho (PSTU), Edson Santana (PSTU), 66 anos, é soteropolitano, nascido em Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Ele morou 47 anos no Rio de Janeiro. É carteiro aposentado dos Correios e filiado ao seu partido desde 2002.

Quais serão as prioridades de uma eventual gestão sua e de Victor Marinho?

A gente defende um projeto socialista voltado à classe trabalhadora soteropolitana. Uma proposta em defesa da maioria, que somos nós, oprimidos, negros, assalariados. Nós apresentamos uma proposta de conselhos populares. Através deles, a gente envolve a sociedade, os moradores, os trabalhadores, a classe operária por dentro dos bairros, nas associações de moradores, nos locais de trabalho, nas universidades. Organizar os trabalhadores por dentro de suas áreas de atuação.

Qual seria o papel principal dos conselhos? Como eles seriam compostos?

Nós defendemos que eles seriam compostos da seguinte forma: as próprias pessoas iriam eleger seus representantes, com eleições democráticas, nas quais as pessoas se colocariam para serem eleitas. Esses eleitos representam os seus bairros. Dentro da comunidade, haveria uma eleição, para que as próprias pessoas elegessem seus representantes. Esses representantes estariam junto aos seus eleitores para governar junto conosco através dos conselhos populares. O povo só é chamado de dois em dois anos para votar. Depois que são eleitos, eles (os políticos) dão as costas para o eleitor. No nosso governo, seria totalmente diferente. Viria de dentro dos conselhos populares as próprias reivindicações (dos moradores).

Como pretende colaborar com a gestão caso seja eleito vice-prefeito?

Eu gostaria de estar apoiando e ajudando a elaborar esse projeto, esse processo, em conjunto. Até porque defendemos o mesmo programa, o mesmo projeto socialista, voltado a todas essas pessoas mais oprimidas, assalariadas, que são vítimas das opressões, como o extermínio da comunidade negra, pobre. Nós estaríamos lado a lado, junto às pessoas, dentro dos próprios conselhos populares para implementar a nossa política.

Como sua gestão atuará na preservação do patrimônio cultural e histórico de Salvador?

Da melhor maneira possível. Manter o que já existe e investir cada vez mais na melhoria do que já existe de positivo e investir na valorização dos profissionais que vivem na área da cultura. Por exemplo, pessoas que atuam na área da capoeira, do axé, do samba e tal. Investir e valorizar essas pessoas da própria cidade, do próprio estado, investir nas próprias pessoas, nos representantes e líderes do movimento cultural em Salvador.

O que será feito para fortalecer a infraestrutura turística e promover o desenvolvimento sustentável do setor?

Primeiro, nós respeitamos cada vez mais a questão do ambiente. Respeitando o meio ambiente, nós estaríamos valorizando a construção de moradias populares. Somos veemente contra essa questão de privatização das praias, por exemplo. Somos a favor dos prédios públicos, dos órgãos públicos, valorizando cada vez mais e melhorando as dependências, as estruturas e os profissionais que trabalham nas áreas. Valorizando os profissionais através do piso nacional, valorizando a mão de obra de cada profissional da sua área.

Quais são seus planos para atrair investimentos e gerar empregos na cidade?

Nós defendemos que seja taxado cada vez mais aqueles que têm mais poder aquisitivo. Estaríamos taxando cada vez mais 1% população do estado da Bahia que são os super ricos e isentamos o trabalhador, a classe trabalhadora. Com isso, haveria reserva para investir cada vez mais na infraestrutura. Seria uma saída. É uma reivindicação nossa. Mais uma vez, a gente ressalta: com o apoio dos próprios conselhos populares. Na questão de geração de emprego, estaríamos investindo cada vez mais em obras públicas, com mais construção de escolas, creches, moradia popular, nesse sentido.

Quais iniciativas sua administração pretende adotar para melhorar a qualidade da educação?

Um professor, uma professora, não pode receber menos que um político. Nós defendemos isso. Um professor não pode receber menos que um vereador. Um deputado federal não poderia receber um salário superior ao de um professor. Haja vista, que há vários políticos no Brasil que não sabem assinar nem o próprio nome. Também queremos implementar a política do piso nacional. Além dessa questão da valorização, defendemos a criação de mais turmas em sala de aula para diminuir o quantitativo dos alunos na própria escola, construindo mais escolas, mais turmas, inclusive, profissionalizante. Também defendemos que as escolas tenham três turnos.

*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva