Datena quebra regra de debate, bate-boca e avança para o púlpito de Marçal
A atitude foi repreendida pela mediadora, Denise Campos, que cobrou em mais de um momento “respeito” entre os candidatos
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Da Redação
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Durante o debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo realizado neste domingo (1º), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) deixou seu púlpito no estúdio da TV Gazeta e se aproximou do local onde Pablo Marçal (PRTB) estava posicionado. A atitude foi repreendida pela mediadora, Denise Campos, que cobrou em mais de um momento “respeito” entre os candidatos.
Datena e Marçal tiveram um duro enfrentamento momentos antes, quando o apresentador disse que o influenciador ligou para ele um dia antes do debate da Band para combinar o jogo. Segundo Datena, Marçal teria pedido para ele focar ataques em Ricardo Nunes (MDB), enquanto o ex-coach atacaria Guilherme Boulos (PSOL).
“Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua”, disse Datena.
“Está desequilibrado. Quer ser prefeito ou ditador?”, disse Marçal ao ver o adversário se aproximar. A apresentadora do debate cancelou direitos de resposta que haviam sido concedidos anteriormente e foi obrigada a encerrar o bloco diante do episódio.
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos também protagonizaram embates, que tiveram como tema o passado do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Até o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), morto vítima de um câncer em 2021, foi citado. A discussão ocorreu quando o tema era mobilidade. Nunes listou ações no setor e ressaltou a parceria com o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“A Prefeitura está pagando mais para empresa de ônibus e está tendo menos frota na rua. Nós estamos pagando mais e pagando menos. Esse é o jeito Ricardo Nunes de governar”, provocou Boulos, que iniciou sua intervenção chamando o prefeito de “ladrãozinho de creche” após ouvir dele que era “invasor”.
No direito de resposta, o prefeito disse que nunca foi indiciado ou condenado em sua vida. Antes, ele havia subido o tom contra o adversário do PSOL. “Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter. Invadiu a [área onde hoje fica a ocupação] Nova Palestina em 2013. Hoje tem lá 80 barracos de plástico azul e preto e você enganou aquelas pessoas humildes. Enquanto você invade, eu entrego casas”, respondeu o prefeito.
Na tréplica, Boulos afirmou que Covas havia editado decreto para desapropriar a área da ocupação, mas que Nunes “traiu” o aliado ao reverter a ação. “Você traiu o Bruno Covas várias outras vezes, como ao se aliar com o Bolsonaro”, disse.
*Com informação das agências